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Motta critica pacote alternativo ao IOF e diz que não serve a ‘projeto político de ninguém’

Presidente da Câmara disse ter informado ao governo que o pacote fiscal terá uma ‘reação muito ruim’ no Congresso

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, durante evento com empresários em Brasília

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), criticou nesta quarta-feira (11) as medidas alternativas ao aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) anunciadas pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Em um evento com empresários em Brasília, Motta disse ter informado ao governo que o pacote fiscal terá uma “reação muito ruim” no Congresso e afirmou que sua função não é atender a projetos políticos.

“Não estou à frente da presidência da Câmara para servir a projeto político de ninguém. A responsabilidade que temos nesse cargo é garantirmos ao país a condição de prosperar”, declarou.

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Dentre as propostas sugeridas pela equipe econômica para rever o decreto do IOF, está o fim da isenção de rendimentos das LCIs (Letras de Crédito Imobiliário) e das LCAs (Letras de Crédito do Agronegócio), que vem sendo criticada por parlamentares, sobretudo da bancada ruralista.

“Nós temos que entender apresentar ao setor produtivo qualquer solução que venha trazer aumento de tributos, de impostos, sem o governo apresentar o mínimo de dever de casa do ponto de vista do corte de gastos, isso não será bem aceito pelo setor produtivo, nem pelo poder Legislativo”, completou Motta.

Repórter de política em Brasília. Formado em jornalismo pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), chegou na capital federal em 2021. Antes, foi editor-assistente no Poder360 e jornalista freelancer com passagem pela Agência Pública, portal UOL e o site Congresso em Foco.