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Moraes nega pedido de advogado de Braga Netto para adiar acareação com Mauro Cid

Réus no processo sobre a suposta tentativa de golpe, os dois militares se confrontarão na próxima terça-feira (24)

O ex-ministro Walter Braga Netto (esq.) e o tenente-coronel Mauro Cid (dir.)

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou, na terça-feira (17), um pedido da defesa do ex-ministro Walter Braga Netto para adiar a acareação entre ele e o tenente-coronel Mauro Cid, marcada para a próxima terça-feira (24).

Na petição, o advogado José Luis Oliveira, que lidera a equipe de defesa, afirmou que estará fora do país na data marcada e pediu que a acareação fosse realizada na quinta-feira.

Entretanto, Moraes considerou que não há razão para o adiamento uma vez que há Braga Netto tem em sua defesa outros cinco advogados, que podem representá-lo.

“Verifico, portanto, que o réu Walter Souza Braga Netto está devidamente assistido por 6 (seis) advogados, sendo que os demais patronos, inclusive, participaram de várias audiências em que foram realizadas oitivas de testemunhas de acusação e defesa”, escreveu o ministro.

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O ministro destacou ainda que o Supremo já tem um entendimento de que não configura cerceamento do direito de defesa na rejeição deste tipo de pedido quando o réu tiver vários advogados e apenas um não puder comparecer.

A acareação atende a um pedido da defesa de Braga Netto, após Cid reafirma em seu interrogatório que o ex-ministro teria repassado dinheiro a ele para viabilizar a tentativa de golpe, algo que o general negou.

Eles também divergiram sobre o que foi discutido em uma reunião na casa de Braga Netto, em novembro de 2022.

Repórter de política em Brasília. Formado em jornalismo pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), chegou na capital federal em 2021. Antes, foi editor-assistente no Poder360 e jornalista freelancer com passagem pela Agência Pública, portal UOL e o site Congresso em Foco.