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EUA condenam a prisão domiciliar de Bolsonaro e criticam Moraes

No X, antigo Twitter, o departamento afirmou que Moraes continua a ‘usar as instituições brasileiras para silenciar a oposição e ameaçar a democracia’

País norte-americano condenou a prisão domiciliar decretada contra Jair Bolsonaro nesta segunda-feira (4)

O Escritório para Assuntos do Hemisfério Ociendental do Departamento de Estado dos Estados Unidos criticou a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, que decretou a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nesta segunda-feira (4).

No X, antigo Twitter, o departamento afirmou que Moraes, “agora um violador de direitos humanos sancionado pelos EUA”, continua a “ usar as instituições brasileiras para silenciar a oposição e ameaçar a democracia”.

“Impor ainda mais restrições à capacidade de Jair Bolsonaro de se defender em público não é um serviço do Estado. Deixem Bolsonaro falar!”, escreveu o órgão. “Os Estados Unidos condenam a ordem de Moraes que impõe prisão domiciliar a Bolsonaro e responsabilizarão todos aqueles que auxiliarem e incentivarem a conduta sancionada”, acrescentou.

A medida foi adotada após Moraes concluir que Bolsonaro desrespeitou restrições impostas no dia 18 de julho, quando passou a usar tornozeleira eletrônica, ficou proibido de sair de casa à noite e nos fins de semana, e foi impedido de publicar ou repassar conteúdos pelas redes sociais, inclusive por meio de terceiros.

De acordo com a decisão, Bolsonaro se valeu de perfis de aliados, entre eles os três filhos parlamentares, para veicular mensagens consideradas como incentivo a ataques ao STF e defesa de intervenção estrangeira no Judiciário.

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Jornalista pela UFMG, Lucas Negrisoli é editor de política. Tem experiência em coberturas de política, economia, tecnologia e trends. Tem passagens como repórter pelo jornal O Tempo e como editor pelo portal BHAZ. Foi agraciado com o prêmio CDL/BH em 2024.