Representantes de 24 hospitais de Belo Horizonte se reuniram na Câmara Municipal nesta quarta-feira (20), para discutir a destinação de R$ 78,5 milhões em emendas impositivas ao orçamento de 2025. O encontro foi solicitado pela Comissão de Saúde e Saneamento.
De acordo com o Projeto de Lei Orçamentária Anual, o valor das emendas impositivas destinado aos hospitais da capital é de R$ 78.534.998,00. Desse total, a maior parte — R$ 53,3 milhões (67,9%) — vai para hospitais filantrópicos 100% SUS, como o Hospital da Baleia, o Sofia Feldman e o Risoleta Tolentino Neves.
Também estão contemplados hospitais da rede própria municipal (Odilon Behrens e Metropolitano Doutor Célio de Castro), além de instituições públicas estaduais, federais e filantrópicas que atendem parcialmente pelo SUS.
Durante a audiência, gestores das unidades de saúde reforçaram a relevância das emendas para a manutenção dos serviços, mas também se queixaram sobre o atraso de emendas, inclusive federais. Ressaltaram também que as emendas impositivas ajudam a cobrir o déficit anual das instituições
O diretor-geral do Hospital Risoleta Tolentino Neves, Pedro Vidigal, destacou que os recursos são fundamentais para o equilíbrio da rede.
“Esse recurso é de extrema importância porque ajuda no custeio do hospital, na aquisição de equipamentos e na renovação do parque tecnológico. Também é essencial para a manutenção da estrutura física. A audiência nos permitiu apresentar nossos desafios, que não são só do Risoleta, mas de toda a rede de urgência e emergência, hoje sobrecarregada com o aumento da demanda”, afirmou.
Participaram do encontro os vereadores José Ferreira (Podemos) e Maninho Félix (PSD), presidente e vice da Comissão de Saúde e Saneamento, além de Helinho da Farmácia (PSD), Dr. Bruno Pedralva (PT) e Neném da Farmácia (Mobiliza), entre outros.
