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Governo confirma que vai ao STF contra decisão do Congresso sobre o IOF

AGU ainda aguarda informações do Ministério da Fazenda para embasar a ação

O presidente Lula durante sessão solene de abertura do Ano Judiciário de 2024

O governo federal bateu o martelo de decidiu dobrar a aposta com o Congresso Nacional ao judicializar a queda do decreto que aumentava a alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Em nota divulgada nesta sexta-feira (28), a Advocacia-Geral da União (AGU) informou que, a pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, iniciou uma análise técnica para preservar a validade do Decreto que elevou a aliquota do imposto. O entendimento é que o Congresso invadiu uma competência exclusiva do Executivo ao sustar a medida.

A decisão de acionar o Supremo Tribunal Federal (STF) foi tomada após reunião entre Lula e o advogado-geral da União, Jorge Messias, na noite de quinta-feira (27), no Palácio da Alvorada. Agora, a AGU aguarda informações do Ministério da Fazenda para embasar a ação.

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Nos bastidores, o governo avalia que houve um movimento político para desgastar o presidente e enfraquecer as propostas econômicas da equipe do ministro Fernando Haddad.

Segundo fontes do Planalto, a judicialização é necessária diante da escalada de atritos com o Congresso e da leitura de que a campanha presidencial de 2026 já começou.

Para o governo, a interferência do Congresso representa uma violação da separação entre os Poderes. A decisão de ir ao STF contra a decisão do Congresso desagradou líderes políticos até mesmo da base da governo, que já ensaiam um desembarque visando as eleições de 2026.

Nossos repórteres escrevem todos os dias notas dos bastidores de Brasília
Supervisor da Rádio Itatiaia em Brasília, atua na cobertura política dos Três Poderes. Mineiro formado pela PUC Minas, já teve passagens como repórter e apresentador por Rádio BandNews FM, Jornal Metro e O Tempo. Vencedor dos prêmios CDL de Jornalismo em 2021 e Amagis 2022 na categoria rádio