O embaixador André Corrêa do Lago, presidente-designado da
“Somos privilegiados por ter sido destinado a nós o dever de fazer história como aqueles que escolheram a coragem em vez da omissão, para virar o jogo na luta climática. Devemos abraçar esse privilégio como responsabilidade – pelas pessoas que amamos, pelas gerações que vieram antes e pelas que ainda virão”, escreveu.
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Divulgada às vésperas da Conferência das Partes, e após a Cúpula dos Líderes, a carta pede para que a COP 30 encerre o “ciclo de palavras” e inicie o “ciclo de ações” pelo clima. Segundo Corrêa do Lago, a prioridade das negociações que se iniciam nesta segunda-feira (10) é fazer com que o grupo de países que participam da Conferência se torne uma equipe coesa.
“Uma equipe capaz de canalizar, para nosso trabalho, a inteligência coletiva da humanidade e o melhor que podemos oferecer individualmente em prol de nosso propósito comum: proteger nossas sociedades, economias e ecossistemas. Com esta décima carta, concluo um ciclo de palavras para que o mundo abra um ciclo de ação; estamos quase lá”, disse o embaixador Corrêa do Lago”, afirmou.
As negociações da COP 30 devem girar em torno das definições das Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDC, na sigla em inglês), que contém as metas climáticas dos países. Dos 195 signatários do Acordo de Paris,
As metas deveriam ter sido entregues em fevereiro, de acordo com o prazo determinado pela ONU. Porém, mais de 93% dos signatários do acordo atrasaram a atualização das suas metas. A União Europeia, por exemplo, só entregou seu compromisso no último dia 5, na véspera da Cúpula de Líderes da COP.
Após 18 horas de negociações, os países europeus combinaram em reduzir as emissões de gases de efeito estufa entre 66,3% e 72,5% até 2035, e em 90% até 2040. Porém, o acordo só foi fechado com concessões, como a compensação de até 5% da meta com créditos de carbono, o que reduz o corte efetivo para 85%.
O Brasil se comprometeu a reduzir entre 59% e 67% suas emissões até 2035.