O governo de Minas afirma que o novo administrador do Hospital Maria Amélia Lins, em Belo Horizonte, será conhecido nesta quarta-feira (02). A instituição, administrada pela tradicional Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), passará a ter uma gestão terceirizada.
Com as mudanças, a gestão Romeu Zema (Novo) garante que o número de cirurgias mensais saltará de 900 para 1.500, somando os procedimentos realizados no Maria Amélia Lins e no Hospital de Pronto Socorro João XXIII, ambos na hospitalar de Belo Horizonte.
“Não faz nenhuma falta o Hospital Maria Amélia Lins Lins, hoje, no complexo de urgência do João XXIII. Percebemos que, com o terceiro turno sendo feito dentro do hospital João XXIII, os pacientes estão operando mais rápido, ficando menos tempo no hospital, girando mais rápido o leito. Estamos sendo mais eficientes. A mortalidade caiu. O tempo de permanência do paciente caiu. Ele demorava mais tempo para operar do que demora hoje. Então, as pessoas que falam isso, são pessoas que estão contra uma mudança que é necessária”, assegurou o secretário de Saúde.
Baccheretti foi chamado pelos deputados para dar explicações sobre a situação em uma audiência pública na Assembleia Legislativa. A presidente da Comissão de Direitos Humanos, deputada Bella Gonçalves (PSOL), diz que concorda com a ação do MPMG e rebateu o cenário apresentado por Baccheretti.
“O Ministério Público propõe uma ação que sugere, inclusive, improbidade da presidente da Fhemig e do secretário de Saúde, porque sobrecarregaram o atendimento no João XXIII. Quando fizemos uma visita técnica da Comissão de Direitos Humanos lá, nós percebemos que o João XXIII está atuando no máximo da sua capacidade. Está com superlotação, pessoas amontoadas nos corredores e pessoas esperando, às vezes, mais de 15 dias para a realização de uma cirurgia de urgência”, descreveu Bella Gonçalves.
Já a promotora de Justiça de Defesa da Saúde do Ministério Público, Josely Ramos Pontes, afirma que o MPMG realizou uma investigação e constatou problemas no João XXIII. “Houve, sim, uma superlotação do hospital. Houve atraso, houve aquele acúmulo de macas divulgado pela imprensa, as macas do SAMU presas dentro do João XXIII. Isso foi confirmado também no processo pelos próprios médicos, coordenadores, de que houve esse acúmulo, porque não havia marca para todos.
A Justiça de Minas ainda não se manifestou sobre o pedido do MPMG para retomada das atividades do Hospital Amélia Lins.