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Vereador Pedro Rousseff, sobrinho de Dilma, é intimado pela PF e diz que denúncia é ‘ridícula e ilegal’

Sexto mais votado para a Câmara Municipal foi intimado por doação feita pelo pai, que tem o mesmo nome, e promete abrir denúncia contra delegado

Vereador eleito por Belo Horizonte, Pedro Rousseff (PT), é sobrinho da ex-presidente Dilma Rousseff

Sexto vereador mais votado nas eleições municipais em Belo Horizonte, com mais de 17 mil votos, Pedro Rousseff (PT) está na mira da Polícia Federal por uma doação recebida durante a campanha. O dinheiro, no entanto, teria sido doado pelo pai do parlamentar, que também se chama Pedro Rousseff.

Em um vídeo publicado nas redes sociais, o vereador eleito chama a intimação de ‘ridícula e ilegal’. “Querem caçar o nosso mandato antes mesmo da gente assumir. De presente de aniversário, recebi uma intimação para depor na Polícia Federal por conta de uma denúncia completamente ridícula e ilegal. O delegado da Polícia Federal questionou uma doação que meu pai fez pra minha campanha de forma aberta, de forma legal, falando que não foi ele quem doou, mas sim fui eu”, diz.

Rousseff se defende dizendo que o caso poderia ser esclarecido pela PF com a conferência do CPF do doador. “O delegado vasculhou a minha vida inteira, de cabo a rabo, e não conseguiu perceber um fato muito simples: que meu pai também se chama Pedro Rousseff. Como que o delegado investiga tudo e não percebe que no PIX o CPF do doador não é o meu CPF?”, questionou.

Em contato com a reportagem da Itatiaia, Pedro Rousseff questionou a falta de atenção da Polícia Federal com os documentos. “Não tenho patrimônio declarado, mas meu pai é médico e fez doações para minha campanha. Só que este delegado, que foi secretário de segurança pública do Zema, de má-fé, resolveu me intimar porque, segundo ele, o Pedro Rousseff que doou não é meu pai, sou eu. Ele não teve a capacidade de olhar no sistema que o CPF é diferente. É uma clara perseguição política. Está tudo lá no TSE, é público. A PF não teve a capacidade de conferir o CPF”, disse.

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Ex-secretário de Zema

No vídeo, Pedro Rousseff ainda afirma que o delegado responsável pela intimação é ex-secretário-executivo de Segurança Pública do governo Zema. “Estranho, porque esse delegado foi secretário de segurança do governador Romeu Zema, indicado na época pelo então ministro do Bolsonaro, Sérgio Moro”, diz. Ele afirma também que não é a primeira vez que opositores tentam usar o argumento do nome do pai para acusá-lo de algo.

“Essa perseguição judicial não é de hoje. O Nikolas Ferreira chegou a processar meu pai se utilizando dessa mesma estratégia de trocar o CPF para intimidar e assediar a minha família”, afirmou.

O delegado citado por Pedro Rousseff no vídeo é Alexandre Leão Batista Silva. O vereador eleito promete abrir uma denúncia contra o ex-secretário. “Nós vamos abrir uma investigação e uma denúncia contra ele na Corregedoria. A justiça brasileira não pode ser utilizada para perseguir opositores, oponentes e para poder destruir reputações”, disparou.

“Fizeram essa história para me intimidar e pressionar. Quero que ele seja punido por isso”, disse à reportagem.


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Graduado em jornalismo e pós graduado em Ciência Política. Foi produtor e chefe de redação na Alvorada FM, além de repórter, âncora e apresentador na Bandnews FM. Finalista dos prêmios de jornalismo CDL e Sebrae.