Vereadores de Belo Horizonte aprovaram, de forma definitiva, um projeto de lei que muda o nome da avenida General Olímpio Mourão Filho, no bairro Itapuã, região da Pampulha, e dá a ela um novo nome: vereador Antônio Pinheiro. A proposta, que havia sido rejeitada pela Comissão de Legislação e Justiça (CLJ) foi colocada em pauta no plenário e aprovada por 29 votos a favor e dez contrários.
A avenida passará a homenagear o ex-deputado estadual e ex-vereador de Belo Horizonte, Antônio Oscar Pinheiro, pai do jornalista Chico Pinheiro, ex-TV Globo, que faleceu no ano de 2021. Ele também foi deputado estadual em Minas Gerais entre 1993 e 1995.
Já Olímpio Mourão Filho foi um general do Exército Brasileiro que comandou as tropas da 4ª Região Militar de Juiz de Fora, na Zona da Mata, em direção ao Rio de Janeiro, em 31 de março de 1964. O objetivo era depor o então presidente da República, João Goulart. O golpe militar, que completou 60 anos em 2024, foi concretizado no dia seguinte.
‘Reparação histórica’
Segundo o autor do texto, vereador Pedro Patrus (PT), a proposta faz uma reparação histórica.
“Faz uma reparação histórica na nossa cidade. O Antônio Pinheiro era cristão convicto, que sempre lutou pela moradia popular e pelos mais pobres da cidade de Belo Horizonte e este projeto não foi aceito na Comissão de Legislação e Justiça. Nós recorremos, com muito respeito à comissão. Temos que mostrar que não cabe rua com nome de torturador, nem de gente que torturou, violentou e matou gente no nosso país”, defendeu o petista.
A Câmara não costuma votar alteração de nome de ruas em plenário. Segundo o presidente da casa, vereador Gabriel Azevedo (MDB), o projeto de lei foi pautado após recurso do autor da proposta.
Texto foi rejeitado por orientação da prefeitura, diz vereador
O então presidente da CLJ, que era presidida pelo verador Irlan Melo (Republicanos), disse que o texto foi rejeitado por orientação da prefeitura.
“Essa propsota não passou por pesquisa popular, por quem reside lá. Nosso parecer é um parecer baseado naquilo que a propria prefeitura informou. Então, a CLJ não quer favorecer nem prejudicar ninguém, isso foi feito pela orientação da prefeitura. “
Aprovado em turno único, o projeto segue para sanção da prefeitura.
