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‘Marielle era a maior ameaça aos interesses da milícia’, diz Tarcísio Motta em audiência na Câmara

O deputado federal Tarcísio Motta (Psol-RJ) é ouvido nesta terça-feira (9) pelo Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados. O advogado Cleber Lopes, que defende o deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), também participa da oitiva

O deputado federal Tarcísio Motta (Psol-RJ), que era colega de Câmara dos Vereadores do Rio da ex-vereadora Marielle Franco (Psol), afirmou nesta terça-feira (9) que sua colega de partido era a maior ameaça aos interesses da milícia do Rio de Janeiro.

O deputado federal Tarcísio Motta (Psol-RJ) é ouvido nesta terça-feira (9) pelo Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados no âmbito do processo que pede a cassação do mandato do deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ).

“Marielle era, obviamente, aquela que representava a maior ameaça aos interesses urbanísticos da milícia naquele momento”, afirmou Motta. E completou: “Eles não contavam com a reação que esse crime teve. Eles não contavam com a reação da sociedade.”

O deputado Tarcísio Motta lembrou que, na época do crime, a bancada do Psol na Câmara de Vereadores do Rio, da qual ele fazia parte, votou contra diversas pautas de interesse do grupo político de Chiquinho Brazão, incluindo o posicionamento contrário à nomeação de Domingos Brazão, irmão de Chiquinho, para o cargo de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ).

“Esse tipo de atuação, cotidiana, era aquela atuação que precisava parar, do ponto de vista da milícia, era o que a milícia odiava, por isso, eles resolvem e decidem tentar nos amedrontar, e decidem por um assassinato político. Um assassinato para fazer terror, para meter medo, e impedir que esssa coisa continuasse acontecendo” enfatizou Motta.

Chiquinho Brazão está preso, desde março deste ano, em um presídio federal de segurança máxima, acusado de ser um dos mandantes dos assassinatos da ex-vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco (Psol) e do motorista parlamentar Anderson Gomes. O irmão dele, Domingos Brazão, que também está preso, é acusado de ser o outro mandante do crime.

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O ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro Rivaldo Barbosa também está preso acusado de participação no crime, atrapalhando as investigações.


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Repórter da Itatiaia desde 2018. Foi correspondente no Rio de Janeiro por dois anos, e está em Brasília, na cobertura dos Três Poderes, desde setembro de 2020. É formado em Jornalismo pela FACHA (Faculdades Integradas Hélio Alonso), com pós-graduação em Comunicação Eleitoral e Marketing Político.
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