A ausência do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), em um evento com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no campus da Unifesp, em São Paulo, nesta sexta-feira (5), provocou uma nova onda de cobranças de aliados petistas sobre o governante aliado de Jair Bolsonaro (PL).
Após a cerimônia, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, alfinetou Tarcísio e disse que o governador precisará explicar as ausências. “Ele tem que se explicar. Por que não está vindo mais?”, perguntou, acrescentando que o presidente continuará convidando-o.
“Independente do governador vir ou não nos atos do presidente, vamos continuar convidando por respeito institucional. O presidente Lula sempre convidou governador do Estado, prefeito… Independente com quem ele senta, quem ele conversa, quem ele abraça… Sempre convidou e sempre vai convidar”, completou Padilha.
Nessa quinta-feira (4), o próprio presidente chegou a cobrar Tarcísio em público. “Ele não vai a nenhum lugar que eu convido. É uma pena, ele poderia estar com a gente”, afirmou Lula durante cerimônia no município de Salto, em São Paulo.
Foco na tributária
O ministro Padilha também afirmou nesta sexta que o Palácio do Planalto acredita na aprovação da regulamentação da reforma tributária nas sessões da próxima semana na Câmara dos Deputados — previsão também antecipada pelo presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), na última quarta-feira (3).
A análise do Executivo é que o texto da regulamentação apresentado nessa quinta-feira (4) pelo Grupo de Trabalho (GT) da Câmara ‘não é o ideal’. “Mas, o ideal é superar a atual balbúrdia tributária no país. A aprovação da PEC [Proposta de Emenda à Constituição que instituiu a reforma tributária] já foi muito importante para sinalizar que o sistema tributário brasileiro será mais simples”, afirmou. “A regulamentação dessa mudança é um grande passo”, acrescentou.