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Alexandre de Moraes sai, e ministra Cármen Lúcia é eleita presidente do TSE

O TSE é o órgão da Justiça responsável pela fiscalização das campanhas e a realização das eleições, que agora serão conduzidas pela ministra; posse será realizada em junho

Cármen Lúcia, ministra do STF

A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Cármen Lúcia foi escolhida, nesta terça-feira (7), como a nova presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A votação foi simbólica. Por tradição, o vice-presidente do tribunal (função hoje ocupada por Carmém Lúcia) acaba sendo o escolhido para a sucessão do posto mais alto da corte. Agora, a ministra fica no lugar de Alexandre de Moraes, que esteve no cargo por dois anos.

O TSE é o órgão da Justiça responsável pela fiscalização das campanhas e a realização das eleições, que agora serão conduzidas pela ministra. O ministro Nunes Marques será o vice-presidente. A posse dos novos cargos ocorrerá em junho deste ano.

Trajetória de Cármen Lúcia

Antes de assumir a presidência, Cármen Lúcia atuou como vice-presidente do TSE durante a gestão de Alexandre de Moraes. Assim como seu antecessor, ela também defende uma atuação focada no combate às fake news e na regulação das redes sociais para combater a disseminação de discursos de ódio.

Ainda na vice-presidência, em fevereiro, a magistrada foi responsável pela aprovação de uma série de resoluções que frearam o uso de inteligência artificial (IA) nas eleições e estabeleceram uma espécie de regulamentação das redes na disputa eleitoral ao colocar provedores de internet e redes sociais como co-responsáveis por crimes na internet quando não obedecerem ordens para remoção imediata de conteúdos.

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Uma das normas garante, por exemplo, que as campanhas sejam obrigadas a sinalizar claramente ao eleitor o uso de inteligência artificial em suas peças publicitárias. Além disso, também foi vetado o uso de falas manipuladas por IA.

A votação

Pela tradição, o Tribunal Superior Eleitoral sempre é presidido pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) mais antigo na casa, por isso a eleição da presidência do TSE foi feita de forma simbólica nesta terça-feira (7).

O outro candidato que, teoricamente, disputaria o cargo com Cármen Lúcia será também o ministro Nunes Marques, segundo membro mais antigo do STF no TSE. Pelo acordo, ele será o vice-presidente da Corte. Após assumir a presidência, a ministra ficará no comando do TSE até agosto de 2026.

Já o ministro Alexandre de Moraes, que teve passagem marcante pela corte, sobretudo por sua atuação nas eleições presidenciais de 2022, vai deixar o TSE. Com a saída de Moraes, o substituto será o ministro André Mendonça.

O TSE é composto por sete ministros titulares. Desse total, três são do Supremo Tribunal Federal, dois são do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e dois são juristas indicados pelo STF.


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Jornalista com trajetória na cobertura dos Três Poderes. Formada pelo Instituto de Educação Superior de Brasília (Iesb), atuou como editora de política nos jornais O Tempo e Poder360. Atualmente, é coordenadora de conteúdo na Itatiaia na capital federal.
Supervisor da Rádio Itatiaia em Brasília, atua na cobertura política dos Três Poderes. Mineiro formado pela PUC Minas, já teve passagens como repórter e apresentador por Rádio BandNews FM, Jornal Metro e O Tempo. Vencedor dos prêmios CDL de Jornalismo em 2021 e Amagis 2022 na categoria rádio