O bilionário John Textor, proprietário da SAF Botafogo, depõe aos senadores da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas, nesta segunda-feira (22), sobre as provas que alega ter de corrupção e manobras em resultados de partidas da série A do Brasileirão.
Textor deu início às denúncias argumentando ter ocorrido manipulação em dois jogos do Palmeiras nas duas últimas edições do Campeonato Brasileiro — que terminaram com o alviverde campeão. Ele também disse ter uma gravação de áudio em que um árbitro supostamente cobrava propina. O empresário norte-americano não apresentou provas das alegações, e, por essa razão, acabou denunciado ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).
O senador Jorge Kajuru (PSB-GO), que preside a CPI, pediu à Polícia Federal (PF), à época, a abertura de uma investigação sobre as declarações de Textor. Agora, Kajuru e o senador Romário (PL-RJ), que é relator da comissão, aprovaram um requerimento para ouvi-lo sobre as denúncias feitas.
A expectativa, segundo Kajuru e Romário, é que Textor apresente as provas que diz ter sobre a corrupção no futebol brasileiro. O dirigente botafoguense confirmou presença na sessão desta segunda-feira da CPI.
Dirigentes de Palmeiras e São Paulo também devem ser ouvidos
Os onze senadores que compõem a CPI decidiram ouvir também os dirigentes de outros dois gigantes da Série A do Campeonato Brasileiro no âmbito da investigação sobre a manipulação de resultados em partidas de futebol. Esses parlamentares aprovaram, na segunda sessão da CPI, requerimentos que convidam
Na condição de convidados, eles não são obrigados a atender ao chamado da CPI presidida pelo senador Jorge Kajuru (PSB-GO) e relatada pelo senador Romário (PL-RJ). O único convocado pela CPI é Andrés Rueda, mandatário que rebaixou o Santos no ano passado. A ida dele à comissão é obrigatória.
Os parlamentares votaram e aprovaram outros requerimentos apresentados que indicam os passos iniciais da CPI. Eles querem ouvir, além dos dirigentes, os jogadores punidos pela Federação Internacional de Futebol (Fifa) no ano passado por terem ligações com esquemas de apostas e manipulação de resultados. Entre eles estão Ygor Catatau, Gabriel Tota, Matheus Philippe e Eduardo Bauermann.