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Possibilidade do vice de Fuad em BH vir do União Brasil é ‘natural’, diz presidente do PSD

Partido nascido da fusão do DEM ao PSL oficializou, nesta segunda-feira (8), o apoio à reeleição do prefeito

Martelo sobre vice de Fuad não está batido, mas indicação pode ser feita pelo União Brasil

O União Brasil pode ficar com a tarefa de indicar o candidato a vice-prefeito de Belo Horizonte na chapa de Fuad Noman (PSD), que tentará a reeleição em outubro. Nesta segunda-feira (8), o partido oficializou apoio à pré-candidatura de Fuad. Segundo o deputado estadual Cássio Soares, presidente dos pessedistas em Minas Gerais, a entrada de um nome do União na chapa liderada pelo PSD seria “natural”.

“É natural que o União seja a indicação de vice do prefeito. Essa construção tem de se dar de forma conjunta, mas o partido tem quadros, tamanho e estrutura. (Com) o prefeito participando (da escolha) e sendo um nome que complete e seja de confiança, é óbvio que é natural que aconteça”, disse, durante evento de oficialização da aliança entre as duas legendas, na sede do diretório estadual do União, em BH.

Fruto da fusão entre DEM e PSL, o União Brasil foi o primeiro partido a oficializar o ingresso na coalizão liderada por Fuad. O vereador Álvaro Damião, um dos representantes do União na Câmara Municipal, é uma das possibilidades aventadas para o caso de o partido ficar com o posto de vice na chapa do PSD.

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Presidente do União Brasil em Minas, o deputado federal Delegado Marcelo Freitas, no entanto, pregou cautela. Apesar disso, o dirigente indicou que os dois partidos já conversam sobre um possível nome para formar dobradinha com Fuad nas urnas.

“Esse é um processo de construção. O União Brasil compreende, com clareza, que nada é feito de maneira afoita. É tudo dialogado. Temos bons quadros no União Brasil. Cito nominalmente o deputado Bilac Pinto e Álvaro Damião. Mas, sem sombra de dúvidas, é um processo de construção lenta e gradativa que faremos juntos, sem qualquer pressão ao prefeito, para que ele possa seguir governando BH da melhor maneira possível — sabendo que tem, a seu lado, a parceria do União Brasil no estado e a nível nacional”, tergiversou.

‘Preciso de um vice bom’

Segundo o prefeito Fuad Noman, o PSD está “aberto a conversar” com o União Brasil sobre a participação da agremiação aliada na construção da chapa. Descontraído, o pré-candidato à reeleição disse necessitar de um “vice bom” — objetivo que, segundo ele, será cumprido caso a legenda presidida por Marcelo Freitas faça a indicação.

“A parceria é forte. Para ganhar uma eleição e governar. E, para ganhar uma eleição e governar, precisamos dos aliados. O União é um grande aliado. Está formalizado. Vamos nos sentar com ele quando ele (Marcelo Freitas) achar interessante e discutir as ideias do União para esse ponto”, assinalou.

Em que pese a possibilidade de um nome do União formar a parceria com o Fuad, Cássio Soares assegurou que a indicação do vice não foi condição pétrea para a concretização da aliança.

“Em nenhum momento, nesse processo de união e parceria, foi colocada à mesa qualquer tipo de exigência, imposição ou troca por parte do União Brasil. Muito pelo contrário. Eles estão prontos para ajudar a construir. E nós queremos. Estamos convidando o União para integrar a gestão”, garantiu.

Pacheco pode ajudar Fuad a conquistar adesões

Na semana passada, o ex-deputado estadual Anselmo José Domingos, filiado ao União Brasil, passou a compor os quadros da Prefeitura de BH. Nomeado secretário municipal de Governo, ele é aliado do presidente do Congresso Nacional, o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

Fuad Noman apontou a participação de Pacheco no acordo com o União.

“Todos trabalharam em favor dessa parceria. O senador, com certeza, trabalhou muito. É assim que se faz uma parceria: todo mundo junto, trabalhando por um objetivo comum”, falou.

Pacheco, aliás, é um dos trunfos do entorno de Fuad para arregimentar novos aliados. Há a expectativa, por exemplo, de que o presidente do Senado ajude a conquistar o apoio do Republicanos.

Paralelamente, embora Avante e Agir não tenham oficializado apoio a Fuad, a tendência é que as duas legendas sigam com o prefeito.

PT, PCdoB e PV, que formam uma federação à esquerda, não são descartados pelo entorno de Fuad. O entendimento, entretanto, é que as conversas com o trio precisam acontecer posteriormente, uma vez que o deputado federal Rogério Correia (PT) é pré-candidato.


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Graduado em Jornalismo, é repórter de Política na Itatiaia. Antes, foi repórter especial do Estado de Minas e participante do podcast de Política do Portal Uai. Tem passagem, também, pelo Superesportes.