Com a decisão de rever a proibição do uso de recursos públicos em campanhas eleitorais, o Partido Novo terá disponível a partir de agora um montante de cerca de R$ 106 milhões para custear salários, passagens e custos da sigla.
O valor representa o acumulado do fundo partidário que o Novo recebeu desde 2015, quando o partido foi registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), destinado aos custos operacionais das siglas.
Desde sua fundação, o Novo não usava os recursos do fundo partidário, uma vez que uma diretriz da sigla proibia o uso de recursos públicos para atividades partidárias e para campanhas eleitorais.
O Novo recebe cerca de R$ 2,3 milhões, mensalmente, do fundo partidário, e os recursos não podem ser devolvidos ao TSE, ficando retido no caixa da legenda.
O montante do fundo partidário que está disponível para o Novo não contabiliza os valores do fundo eleitoral, que são destinados aos partidos durante os anos de eleição. Sem usar o fundo eleitoral nas últimas eleições, os valores são devolvidos à União.
A partir deste ano, no entanto, o Novo vai usar também o fundo eleitoral na campanha para as prefeituras.
Durante a convenção do Novo, em fevereiro,
“Nosso partido se profissionalizou e muitas dessas mudanças são o espelho da vontade dos membros do Novo em querer ser um partido mais forte, que tenha representatividade em todos os estados brasileiros, para defender a boa política. Queremos eleger mais pessoas, inclusive, para evitar que as verbas públicas destinadas a partidos continuem crescendo de forma desordenada”, afirmou o presidente do Novo, Eduardo Ribeiro durante o encontro.
Com a autorização do uso de recursos públicos em campanhas, a estratégia do Novo será gastar todo o recurso em caixa para as próximas eleições até 2026. Dessa forma, a sigla poderá evitar os resultados pífios que teve nas urnas em 2022, com a eleição de apenas três deputados federais.
A ideia é conseguir eleger deputados em 2026 para que o Novo supere a cláusula de barreira - regra que, na prática, define a existência dos partidos políticos no Brasil.