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Fernandinho Beira-Mar e mais 22 presos são transferidos de Mossoró após fugas inéditas

Em fevereiro, dois detentos conseguiram escapar da Penitenciária Federal localizada na cidade potiguar

Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar

Apontado como uma das principais lideranças da facção criminosa Comando Vermelho, Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, foi transferido da Penitenciária Federal de Mossoró (RN). Além dele, outros 22 detentos também foram transferidos, conforme destacou a Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen). Em 14 de fevereiro, Deibson Cabral Nascimento e Rogério da Silva Mendonça conseguiram escapar do local.

Em contato com a reportagem da Itatiaia, o advogado Otoniel Maia Junior, que atende Fernandinho Beira-Mar, informou que seu cliente foi levado para a Penitenciária Federal de Catanduvas, no Paraná. O governo federal diz que não confirma a localização e nem detalhes da operação.

Os fugitivos Deibson e Rogério também seriam integrantes do Comando Vermelho e estavam na Penitenciária Federal de Mossoró desde setembro de 2023.

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Fernandinho Beira-Mar foi o primeiro interno do Sistema Penitenciário Federal. O “preso 01” chegou na madrugada do dia 19 de julho de 2006 ao presídio de Catanduvas (PR) e nunca mais saiu da esfera federal. A penitenciária foi construída ao custo de cerca de R$ 20 milhões.

O traficante estava preso na sede da Polícia Federal de Brasília desde 23 de março daquele ano. O pedido de transferência foi feito pelo então Departamento Penitenciário Nacional (Depen) e autorizado por um juiz da 1ª Vara Criminal de Curitiba, cujo nome não foi divulgado à época por questões de segurança.

Beira-Mar começou no crime ainda menino, de acordo com as autoridades fluminenses. Aos 20 anos, trabalhava para traficantes como “vapor” na Favela Beira-Mar, em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, onde nasceu. Mais tarde, passou a controlar a favela e, em pouco tempo, se transformou num dos maiores vendedores de drogas no atacado do Brasil.

A notoriedade dele, já então considerado o inimigo público número 1 da polícia do estado, aumentou quando investigações da CPI do Narcotráfico confirmaram sua importância para o esquema de venda de drogas no país, alcançando a cifra de R$ 16,5 milhões entre 1995 e 1998.

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É jornalista formado pela Universidade de Brasília (UnB). Cearense criado na capital federal, tem passagens pelo Poder360, Metrópoles e O Globo. Em São Paulo, foi trainee de O Estado de S. Paulo, produtor do Jornal da Record, da TV Record, e repórter da Consultor Jurídico. Está na Itatiaia desde novembro de 2023.