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Câmara de BH oficializa demissão de suspeito de participar de briga que resultou em morte de torcedor

Marcos Vinícius Oliveira de Melo, o Vinicin, atuava no gabinete do vereador César Gordin, do Solidariedade

Lucas Elias Vieira da Silva, morto durante o confronto, tinha 27 anos

A Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH) oficializou, nesta segunda-feira (4), a exoneração do servidor Marcos Vinícius Oliveira de Melo, o Vinicin. Ele é suspeito de participar de uma briga entre torcedores que culminou na morte de Lucas Lucas Elias Vieira Silva, de 27 anos, no sábado (2). Vinicin trabalhava no gabinete do vereador César Gordin (Solidariedade), que decidiu demiti-lo diante do caso.

A exoneração do homem é assinada pelo presidente do Legislativo Municipal, Gabriel Azevedo (sem partido). Vinicin dava expediente na Câmara de BH desde abril do ano passado, quando César Gordin foi empossado vereador. Ele atuava como assessor parlamentar.

Ex-presidente da Galoucura, a principal torcida organizada do Atlético, Gordin lamentou a morte de Lucas Vieira Silva. Ele chamou o caso de “tragédia”.

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“No meu gabinete, trabalham várias pessoas que passaram por essa trajetória comigo, exercendo diferentes funções. Dei oportunidades para quem cometeu erro no passado, a fim de que tivesse oportunidade de trabalho digno para sustentar sua família. Entretanto, lidero meus assessores e atletas pelo exemplo, e não aceito participação em briga de qualquer tipo, como a que ocorreu no sábado. Não sou polícia, nem Justiça para investigar ou julgar ações de quem trabalha em meu gabinete fora do seu horário de trabalho, em sua vida privada. Mas, até que todos os fatos sejam apurados e identificados os responsáveis, decidi pela demissão imediata do meu assessor que foi citado como tendo tido envolvimento na briga do final de semana”, disse.

Segundo a Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), Vinicin pode ser visto em um vídeo da confusão. Nas imagens, ele aparece de capacete, dando um chute no rosto de um torcedor que tentava prestar socorro a Lucas. Vinicin conseguiu fugir e não foi preso no local pela polícia.

Suspeito se defende

Nas redes sociais, o suspeito negou as acusações. “Quem me conhece, sabe. Sou trabalhador, pai de família, mas também sou alvo sempre. Nunca fui de covardia e nunca serei. A corda costuma estourar do lado mais fraco e a mídia, mais uma vez, reforça isso. Sempre foi assim”, disse, em texto publicado nesse domingo (3).

Em 2013, Vinicin foi condenado a 17 anos de prisão por participar do homicídio de Otávio Fernandes, durante outra briga entre organizadas. O caso aconteceu em 2010, em frente a uma casa de shows na Região Centro-Sul da Cidade.

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