O senador Sérgio Moro (União Brasil-PR) justificou a reunião secreta da Comissão de Segurança Pública do Senado realizada nesta terça-feira (27), que ouviu o secretário nacional de Políticas Penais, André Garcia. O ministro foi convidado para apresentar detalhes sobre a fuga inédita de detentos da Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, no último dia 14.
Moro, autor do convite ao secretário, determinou que a reunião fosse secreta. “Não é o caso de ficar falando quantas câmeras estavam apagadas naquele momento, quantas foram corrigidas, as placas de aço que eventualmente foram utilizadas para evitar novas fugas. São informações sensíveis e ninguém quer passar para criminosos fugirem da prisão”, alegou.
O senador Alessandro Vieira (MDB-SE), por outro lado, discordou da realização do encontro secreto. “Na minha opinião não era necessária uma reunião reservada. Eu não percebi nenhum dado sensível que já não seja do conhecimento da imprensa”, ponderou.
Durante a reunião, os senadores também questionaram o secretário sobre o andamento das investigações sobre uma suposta facilitação que poderia ter ocorrido para os presos fugirem, mas o inquérito segue em segredo de Justiça. “Nenhuma novidade relevante com relação àquilo que já está sendo noticiado. A experiência própria como profissional de segurança pública aponta muito mais para questão de oportunismo do que de conivência e estruturação, se não os fugitivos não teriam dificuldade para evadir daquele raio, como estão demonstrando”, afirmou Vieira.
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