Como tradicionalmente acontece, a eleição para a prefeitura de Belo Horizonte será pulverizada, ou seja, terá um número grande de candidatos. As pesquisas internas dos partidos apontam para polarização da disputa, o que significa que tem mais chances de vencer quem for candidato de Lula ou Bolsonato. No entanto, para diluir os votos e deixar as alianças apenas para o segundo turno, as legendas estão optando por lançarem candidaturas próprias ou por federações e assim darão ao eleitor mais opções dentro de cada campo político. A estratégia também fortalece os nomes daqueles que se candidatam à prefeitura, mas estão de olho nas eleições de 2026.
Fuad
Entendendo que tem chance de vitória e que contará com o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o prefeito Fuad Noman (PSD) foi lançado candidato à reeleição com apoio das lideranças nacionais do seu partido, PSD, e com a presença do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira e do presidente nacional da sigla, Gilberto Kassab.
Rogério Correia
Mesmo assim, o PT vai manter o lançamento da pré-candidatura do deputado federal Rogério Correia, marcada para quinta-feira (29), e que vai contar com a presença de pelo menos dois ministros: o da Casa Civil, Alexandre Padilha (PT) e a ministra da Ciência e Tecnologia, Luciana Santos (PC do B), presidente da Federação PT-PC do B-PV. A presidente nacional do PT, Gleise Hoffmann, e o lider do Partido dos Trabalhadores na Câmara dos Deputados, José Guimarães, também estarão presentes.
Ainda que PT e PSD planejem se unir em um eventual segundo turno, por enquanto, a postura será de disputa. A ausência do ex-prefeito Alexandre Kalil (PSD) e do presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco, no lançamento da pré-candidatura de Fuad, na segunda (26), repercutiu entre petistas. Pacheco mandou um vídeo, mas permaneceu em Brasília, onde teve reunião de líderes e recebeu uma homenagem do exército. Já Kalil não se entende com Fuad e o PSD faz tempo, por isso o ex-prefeito não compareceu. Apesar de as lideranças afirmaram que o partido está unido em torno do nome de Fuad, um petista histórico disse à coluna que a pré-candidatura do prefeito “está mais firme que prego no angu”.
Ana Paula Siqueira
Outro nome alinhado a esquerda também foi lançado nos últimos dias. A deputada estadual Ana Paula Siqueira (Rede) foi prestigiada pela presença da ministra Marina Silva no lançamento. O partido, que está federado com o PSOL, tem ainda uma disputa interna, já que o ex-deputado Paulo Lamac também lançou seu nome.
Três lançamentos
Em uma semana, pelo menos quatro ministros de Lula estão lançando três pré-candidatos á PBH, dando largada na estratégia de pulverização da esquerda que deve ser seguida pela direita que tem como nomes o deputado estadual Bruno Engler, que deve ser o candidato do ex-presidente Jair Bolsonaro, e a secretaria de planejamento do governador Romeu Zema (Novo), Luisa Barreto.
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