Pimenta diz que Israel se nutre da guerra para se manter no poder

O ministro da Secretaria de Comunicação do Governo, Paulo Pimenta, disse nesta terça-feira (20) que o governo de Israel, do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, utiliza o conflito com o Hamas como tática para se manter no poder. A declaração foi feita em uma publicação no X (antigo Twitter).

A crítica de Pimenta acontece após a conta do governo de Israel no X fazer uma publicação na qual afirma que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nega o Holocausto. No início da semana, durante uma viagem à Etiópia, o petista comparou os ataques israelenses na Faixa de Gaza aos crimes cometidos por Adolf Hitler na Segunda Guerra Mundial.

“O Governo Netanyahu se nutre da guerra para se manter no poder. A maioria da população israelense rejeita a política extremista do governo, e a comunidade internacional cobra o fim dos ataques em Gaza. Isolado, o governo de Israel adota práticas da extrema-direita e aposta em Fake News para tentar se reafirmar interna e internacionalmente”, escreveu Pimenta.

Mais cedo, o ministro das Relações Exteriores israelense, Israel Katz, pediu mais uma vez que o presidente brasileiro pedisse desculpas pela comparação. Ele ainda declarou que Lula seria considerado “persona non grata” após o ocorrido.

“Milhões de judeus em todo o mundo estão à espera do seu pedido de desculpas. Como ousa comparar Israel a Hitler?”, disse o ministro israelense. Pimenta disse que Lula não nega o Holocausto e que é, portanto, vítima de fake news.

“O chanceler de Israel, Israel Katz, distribui conteúdo falso atribuindo ao Presidente Lula opiniões que jamais foram ditas por ele. Em nenhum momento o presidente fez críticas ao povo judeu, tampouco negou o Holocausto. Lula condena o massacre da população civil de Gaza promovido pelo governo de extrema-direita de Netanyahu, que já matou mais de 30 mil palestinos, entre eles, 10 mil crianças”, disse Pimenta.