O Ministério da Justiça e Segurança Pública prorrogou por mais cinco dias o conjunto de restrições impostas às penitenciárias de segurança máxima, depois que dois presos escaparam do presídio de Mossoró, no Rio Grande do Norte. A portaria publicada nessa sexta-feira (16) mantém suspensos os banhos de sol e as visitas sociais nas prisões federais.
O documento assinado pelo diretor-substituto do Sistema Penitenciário Federal, José Renato Gomes Vaz, também limita o acesso às dependência de inclusão e isolamento, mas, mantém os atendimentos de saúde e de advogados. Inicialmente, as restrições valeriam por dois dias (até sexta-feira). Entretanto, com a nova portaria, as medidas se estendem até a próxima quarta (21).
Cerca de 300 agentes das polícias Federal, Rodoviária Federal, Civil e Militar participam da operação de recaptura dos dois fugitivos que escaparam da Penitenciária de Mossoró. Entre a noite de sexta (16) e a madrugada de sábado (17), Rogério da Silva Mendonça, 35, e Deibson Cabral Nascimento, 33, invadiram uma casa e tornaram uma família refém no perímetro rural de Mossoró, a cerca de três quilômetros de distância do presídio. Eles roubaram celulares, carregadores e comida. Investigadores indicam que a captura deve ocorrer ainda neste sábado.
Alerta nos presídios do governo federal
O Ministério da Justiça e Segurança Pública enviou nessa sexta ao Ministério da Gestão um ofício pedindo a nomeação de 80 agentes penais federais aprovados em concurso público. O documento é assinado pelo secretário-executivo, Manoel Carlos de Almeida Neto, que substitui Ricardo Cappelli na função desde a troca de Flávio Dino por Ricardo Lewandowski.
O atual ministro já tinha antecipado à imprensa que pediria a nomeação desse contingente de policiais penais para reforçar a segurança nos presídios federais. Lewandowski afirmou que parte desse reforço será enviada ao presídio de segurança máxima de Mossoró.
Ele também apresentou outras quatro medidas que serão adotadas pelo Ministério da Justiça para evitar novas fugas nos cinco presídios federais administrados pelo governo. Além de aperfeiçoar o controle de acesso às unidades federais e melhorar o sistema de monitoramento por vídeo, a pasta também instalará alarmes e sensores de movimento e construirá muralhas nos arredores dos presídios — copiando o modelo aplicado na penitenciária em Brasília.
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