Alvo de pressão da oposição por uma ação do Congresso Nacional contra o Supremo Tribunal Federal (STF), o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) quebrou o silêncio sobre a operação da Polícia Federal (PF) da última quinta-feira (8), que mirou Jair Bolsonaro e aliados dele. “É com a Polícia Federal e com a Justiça. Vamos deixar que elas corram dentro da normalidade jurídica. Não tem nenhuma postura que o Congresso possa fazer após ações da PF. Tem as ações políticas e jurídicas do Congresso, leis que são votadas para arrumar as situações”, afirmou Lira à Veja nesse domingo (11), na Sapucaí, antes de participar do desfile da Beija-Flor no Carnaval do Rio de Janeiro.
Apenas neste ano, pelo menos três operações da Polícia Federal miraram parlamentares ou aliados de Jair Bolsonaro. Todas elas com cumprimento de mandados de busca e apreensão e até de prisão determinados pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. Duas das ações, contra os deputados Carlos Jordy (PL-RJ) e Alexandre Ramagem (PL-RJ), contaram com buscas nos gabinetes dos parlamentares na Câmara, o que intensificou o mal-estar com Lira.
Na quinta-feira passada, após a operação contra Bolsonaro e aliados, entre eles o presidente do Partido Liberal, Valdemar Costa Neto, a oposição manifestou contra as ações da PF e do STF. Os parlamentares acusaram o governo petista e a Suprema Corte de perseguir o PL e querer extingui-lo antes das eleições municipais. À Veja, Lira defendeu que as investigações mirem indivíduos, mas, não as siglas. “A principal fonte da democracia são os partidos políticos. Eles não podem ser maculados. A gente espera que, como em outras investigações, do PT e de outros partidos políticos, não foram, o PL agora não tem que responder por atos individuais. A democracia requer partidos fortes”, afirmou.
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