Em meio ao recesso parlamentar, o presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, Tadeu Martins (MDB), e o secretário de Governo, Gustavo Valares (PMN), se reuniram a portas fechadas nesta quarta-feira (11) na sede do Legislativo estadual, na região centro-sul de Belo Horizonte.
A agenda foi solicitada por Valadares, responsável por fazer articulação do Palácio Tiradentes com os deputados. A Itatiaia apurou que foi uma visita de cortesia, mas o representante do Governo aproveitou a oportunidade para destacar algumas pautas importantes para a gestão Zema em 2024. Fontes no governo classificaram a reunião como “tranquila”.
Apesar disso, o chefe do Legislativo já antecipou à Itatiaia que resolver a questão da
Considerado complexo pelos parlamentares, este é um dos problemas que não foi resolvido em 2023. Os parlamentares ganharam um pouco mais de tempo para resolver a situação, após o Supremo Tribunal Federal
Em entrevista à Itatiaia, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Tadeu Martins Leite, afirmou que é preciso chegar ao fim do prazo com uma solução definitiva.
“Até 20 de abril, que é o prazo que o Supremo nos deu, não tenho dúvida que a Assembleia estará muito focada nesta pauta, porque nós não podemos deixar com que o prazo chegue muito próximo e a gente não tenha uma solução”, afirma o emedebista.
Ao lado do Presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco Pacheco (PSD), Leite assumiu protagonismo na tentativa de resolver o problema da dívida.
O presidente da ALMG disse à Itatiaia que está confiante com a construção de uma solução que está sendo costurada entre Assembleia, Governo de Minas e o Senador Rodrigo Pacheco.
“Eu não tenho dúvidas que este seja o principal problema de Minas Gerais nos últimos anos, como um todo. Estamos falando de uma dívida que se iniciou em 1998 com R$ 14 bilhões. O estado de Minas Gerais já pagou, do dinheiro do contribuinte, R$ 97 bilhões e ainda devemos R$ 160 bilhões. Ou seja, é uma dívida que nunca tem fim, ou seja, só aumenta. Quando o governo apresentou à Casa o Regime de Recuperação Fiscal e eu solicitei que se apresentasse o plano que já havia sido levado à Brasília, nós enxergamos que esse plano, de nove anos, mesmo com medidas duras, não resolvia o problema da dívida, que, ao final desse período, iria a R$ 210 bilhões”, explica.
Enquanto o Governo Lula não der um retorno sobre as propostas que estão sendo analisadas, o Presidente da Assembleia afirmou que a tramitação da proposta apresentada pelo Governo Zema ficará suspensa no parlamento mineiro. Leite já declarou que o projeto apresentado pelo governador Zema não resolve, apenas adia o problema da dívida mineira.