Em meio a um cenário de indefinição sobre o andamento de um acordo que busca solução para a dívida de Minas Gerais com a União, a troca de farpas entre os dois polos dessa disputa - o governador Romeu Zema (Novo) e o presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD) - marcou a quarta-feira (6).
O governador mineiro cobrou o governo Lula e o senador por uma solução. “Ficou de falação até agora, não teve nenhuma ação efetiva do governo federal”, disse em um evento em Belo Horizonte.
Pacheco, por meio de nota oficial, alfinetou o conterrâneo. “Não pode querer para ontem algo que ele não conseguiu resolver em cinco anos. Há regras, negociações e um caminho para isso. Tudo ao seu tempo”, rebateu.
O bate-rebate reverberou nos corredores da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). O líder da oposição a Zema, deputado Ulysses Gomes (PT), chamou o governador de “fanfarrão”.
“A informação é a que todos têm: o descaso do governador para com a iniciativa. A crítica que ele tem feito e fez, hoje, novamente, ao senado, infelizmente o governador é um fanfarrão”, atacou.
“Em vez dele fazer, depois de 16 dias que foi lá [em Brasília, quando se reuniu com Pacheco e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad] dizendo que concordava, ele não mandou o pedido de prorrogação até agora”, diz o petista sobre um pedido de adiamento do prazo para a adesão ao RRF.
Coube ao líder de Zema na Assembleia, João Magalhães (MDB), amenizar as declarações.
“Eu acho que a entrevista do governador foi distorcida. Ele não criticou o senador Rodrigo Pacheco, ele cobrou celeridade do governo federal, uma vez que o Ministério da Fazenda e a Secretaria do Tesouro Nacional o governador não criticou o senador Rodrigo Pacheco. Ele cobrou celebridade do governo federal uma vez que o Ministério da Fazenda e a Secretaria de Tesouro Nacional até agora não manifestaram”, disse o emedebista.