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Sem poder usar recurso para reformas, Governo de Minas não adere a ‘PAC da Cultura’

Secretaria de Cultura alegou que não poderia arcar com ‘gastos extras’ caso recursos não fossem suficientes para obras

Governo de Minas justifica não adesão ao ‘PAC da Cultura’

O Governo de Minas não aderiu ao programa CEUs das Artes, do Ministério da Cultura, que prevê o repasse de recursos para equipamentos do setor. Bens culturais do estado, como o Palácio das Artes, localizado na região central de Belo Horizonte, não se encaixam nos critérios para receber verbas do programa, que tem faz parte do novo PAC, o Programa de Aceleração do Crescimento, do governo federal.

Dentre os motivos alegados pela gestão Zema, está uma das cláusulas do programa, que não prevê a seleção de propostas para reformar equipamentos culturais já existentes, como o próprio Palácio das Artes.

A verba federal poderia ser utilizada, por exemplo, para construção de um novo equipamento cultural. Mas o Governo de Minas alega que uma outra cláusula do projeto aponta que, caso o custo da construção e da instalação de mobiliários, seja superior ao do repasse federal, a diferença teria que ser paga pelo Governo do Estado, em caso de interesse de adesão ao programa.

A Secretaria de Estado de Cultura (Secult) afirma, no entanto, que, diante da atual situação financeira, é impossível arcar com gastos extras com manutenção de equipamentos e pagamento de novos profissionais.

Desta forma, o Governo de Minas diz que reconhece a importância do programa do Governo Federal, mas ressalta que diante dos critérios e das condições financeiras do Estado, o Governo de Minas considerou que não é viável, no atual cenário, a adesão ao CEUs das Artes do Novo PAC.

“Nós não perdemos o prazo para a inscrição”, afirma o secretário Leônidas Oliveira. “Simplesmente porque o CEUs das Artes, o PAC, os [equipamentos] próprios do estado, como o Palácio das Artes, as Fundações, não são elegíveis. Ou seja, não poderiam entrar com propostas. É um recurso destinado aos municípios com interveniência do estado”, justifica.

Repórter de política na Rádio Itatiaia. Começou no rádio comunitário aos 14 anos. Graduou-se em jornalismo pela PUC Minas. No rádio, teve passagens pela Alvorada FM, BandNews FM e CBN, no Grupo Globo. No Grupo Bandeirantes, ocupou vários cargos até chegar às funções de âncora e coordenador de redação na BandNews FM BH. Na televisão, participava diariamente da TV Band Minas e do BandNews TV. Vencedor de 8 prêmios de jornalismo. Já foi eleito pelo Portal dos Jornalistas um dos 50 profissionais mais premiados do Brasil.