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De acordo com o ministro, sua pasta acompanha com muita preocupação a situação do sistema prisional do país e que tem um projeto, chamado de “Caravana dos Direitos Humanos” para verificar as condições das penitenciárias.
“Muitos dos que, hoje, estão chocados - e todos estamos consternados com a morte do senhor Cleriston - me criticaram sobre a política do ministério. O que eu considero um grande erro é não olharmos para as condições do sistema prisional de forma global”, disse Silvio Almeida sobre as contradições entre bolsonaristas envolvendo a morte de Cleriston e as ações de sua pasta para melhorar as atuais condições dos presídios.
Ainda de acordo com ministro, a pasta dos Direitos Humanos está imbuída “na missão de olhar para o sistema prisional e impedir que coisas como esta voltem a acontecer”.
“Em nome de todas as pessoas que estão presas e, mesmo pagando pelos crimes que cometeram, devem ser tratadas com dignidade. É o que determina a lei”.
Indicação de Dino ao STF
Ainda durante a entrevista, o ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, comentou sobre a indicação do seu colega, o também ministro Flávio Dino (PSB), pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a uma vaga no Supremo Tribunal Federal.
“O ministro foi uma das melhores pessoas que conheci até agora, dentre as várias, do governo federal. Sempre foi muito cordato, firme nas suas posições. Sobre os requisitos constitucionais para assumir o cargo, ele tem todos, e de sobra: reputação ilibada, notável saber jurídico e é um homem que tem experiência nos Três Poderes do estado brasileiro”, afirmou.
A despeito de críticas de alas ligadas ao governo, de que o presidente Lula abriu mão de indicar um jurista ou uma jurista negra para a vaga aberta no STF, Silvio Almeida garante que Dino é a “indicação certa”.
"É o homem certo, na hora certa. Se confirmada pelo Senado Federal, será um dos maiores ministros da história do STF, pelas qualidades que tem”, reconhece o ministro.