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‘Constituição de 1988 considerou advocacia indispensável à Justiça’, diz ministro Fux

Ministro do STF, Luiz Fux, participou de Conferência Nacional da Advocacia, em BH, e ressaltou espaço garantido pela lei da advocacia

Ministro Luiz Fux ressaltou papel previsto para advocacia na Constituição de 1988

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, classificou a participação de advogados em processos legais como ‘indispensável’ para a Justiça brasileira.

Fux participou, na manhã desta terça-feira (28), de um painel na 24º Conferência Nacional da Advocacia Brasileira, em Belo Horizonte, e ressaltou o espaço reservado pela Constituição de 1988 para a advocacia.

“Cada vez mais a advocacia é essencial não só a prestação de justiça, mas acompanhando as pessoas no campo extrajudicial. O devido processo legal concebe, na sua essência, sempre a presença do advogado. Principalmente porque a Constituição de 1988 considerou o advogado indispensável à prestação da Justiça”, afirmou o ministro do STF.

“A nova constituição federal trouxe novos valores morais. É uma constituição cidadã e verificamos a presença da advocacia sempre na proposição de ações e declarações de inconstitucionalidade. Essa é a razão pela qual a OAB tem legitimidade para propor ações de controle de constitucionalidade das leis”, continuou o ministro.

‘Festa do Twitter’

A defesa feita por Fux acontece em meio a um momento de insatisfação de várias lideranças da OAB e da advocacia contra declarações do ministro Alexandre de Moraes.

Na semana passada, durante uma sessão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o presidente do tribunal, Alexandre de Moraes, anunciou a decisão da corte de impedir uma sustentação oral de um advogado e ironizou a OAB. “A OAB vai lançar outra nota contra mim, vão falar que eu não gosto do direito de defesa. Vai dar mais uns quatro mil tuítes dos meus inimigos. Então vamos fazer, doutor, a festa do Twitter, das redes sociais”, apontou.

A fala de Moraes rendeu várias críticas de representantes da OAB e o presidente nacional Beto Simonetti pediu respeito às manifestações proferidas pela entidade. “Queremos respeito às manifestações da OAB, que é a maior instituição civil do país, representa uma classe que cumpre função essencial à administração da Justiça e sempre se coloca ao lado do Estado Democrático de Direito”, afirmou.

Tem mais de 27 anos de experiência jornalística, como gestor de empresas de comunicação em Minas Gerais. Já foi editor-chefe e apresentador de alguns dos principais telejornais do Estado em emissoras como Record, Band e Alterosa, além de repórter de rede nacional. Foi editor-chefe do Jornal Metro e também trabalhou como assessor de imprensa no Senado Federal, Tribunal de Justiça de Minas Gerais e no Sesc-MG. Na Itatiaia, onde está desde abril de 2023, André é repórter multimídia e apresentador.