Contrariando as acusações de Walter Delgatti Neto, conhecido como “hacker da Vaza Jato”, a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) negou, mais uma vez, que tenha orientado Delgatti a invadir o sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e falsificar mandados de soltura, além de um falso pedido de prisão contra o Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Zambelli foi ouvida nesta terça-feira (14), na sede da Polícia Federal, como parte do inquérito que apura a tentativa de invasão do sistema.
Após o depoimento, que durou cerca de duas horas, Zambelli voltou a repetir que contratou Delgatti para prestar serviços em um site da deputada, e não para as invasões. “Ele mandou uma proposta pra mim dizendo que precisava trabalhar, cobrou R$ 10 mil dessa proposta para poder ligar as redes sociais ao site e fazer um belo site onde as pessoas poderiam se cadastrar, me contactar. Essa conversa toda na Polícia Federal está no inquérito. Eu repassei para ele ser subcontratado para a área que cuidava de mídia e identidade visual, mas nem sequer isso ele prestou serviço”, declarou.
A defesa da deputada informou que vai pedir a abertura de um inquérito contra Delgatti pelo crime de denunciação caluniosa. O depoimento de Zambelli marca a fase final de oitivas e a expectativa é que a investigação da Polícia Federal seja concluída em breve.