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‘Devemos seguir a orientação do ministro da Fazenda’, diz Pacheco após polêmica sobre déficit zero

Fala vem após presidente Lula causar polêmica ao declarar que dificilmente o governo irá conseguir alcançar o déficit zero

Pacheco defender “seguir orientações do ministro da Fazenda” após Lula contradizer Hadadd

O presidente do Congresso Nacional, o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), se pronunciou nesta segunda-feira (30), sobre a polêmica do déficit zero da União. Por meio de nota, o senador destacou que o Parlamento irá “seguir a orientação e diretrizes do ministro da Fazenda”.

“Devemos seguir a orientação e as diretrizes do ministro da Fazenda, a quem está confiada a importante missão de estabelecer a política econômica do Brasil. Ir na contramão disso colocaria o país em rota perigosa. O Parlamento tem essa compreensão e buscará contribuir com as aprovações necessárias, com as boas iniciativas e perseguindo o cumprimento da meta estabelecida”, disse Pacheco.

Na última sexta-feira (27), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), afirmou que o déficit zero, previsto pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), dificilmente será alcançado.

“Dificilmente chegaremos à meta zero, até porque eu não quero fazer cortes em investimentos e obras. Tudo que a gente puder fazer para cumprir a meta fiscal a gente vai fazer. O que eu posso dizer é que ela não precisa ser zero. A gente não precisa disso. Muitas vezes o mercado é ganancioso demais e fica cobrando uma meta que eles sabem que não vai ser cumprida”, declarou o presidente durante café da manhã com jornalistas no Palácio do Planalto.

A fala de Lula teria preocupado Haddad, que ainda não respondeu se a meta fiscal do deficit zero está mantida para 2024. Mais cedo, nesta segunda-feira, o ministro garantiu que o governo federal mantém o compromisso com as contas públicas.

“A minha meta está estabelecida. Eu vou buscar o equilíbrio fiscal de todas formas justas e necessárias para que nós tenhamos um país melhor”, garantiu. Insistentemente questionado sobre se a meta de déficit zero estava mantida, o ministro demonstrou irritação e encerrou a coletiva sem assumir o compromisso de déficit zero por parte do governo.