O filho do general Carlos Alberto Santos Cruz, Caio César dos Santos Cruz, está entre os alvos da
O nome de Caio César Santos Cruz é mencionado na investigação da Polícia Federal como o representante do grupo israelense que negociou o sistema FirstMile com o governo brasileiro; a informação foi revelada pela colunista Bela Megale, do jornal O Globo. A aquisição do programa ocorreu durante o governo de Michel Temer (MDB) após o impeachment de Dilma Rousseff (PT). Entretanto, segundo a ação da PF, os usos indiscriminados e ilegais do programa ocorreram à época em que o diretor da Agência era Alexandre Ramagem, aliado do governo Jair Bolsonaro (PL), e hoje deputado federal eleito pelo Partido Liberal.
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A investigação atestou que agentes da Abin operaram o sistema de geolocalização de dispositivos móveis para monitorar adversários do ex-presidente Bolsonaro sem permissão do Supremo Tribunal Federal (STF). Entre os alvos desse software de espionagem estão advogados, juízes e jornalistas, segundo informou a colunista Malu Gaspar, em março, quando O Globo revelou o uso irregular do programa.
De acordo com a Polícia Federal, cerca de dez mil aparelhos celulares podem ter sido monitorados ilegalmente. O FirstMile permite o rastreamento dos dispositivos móveis a partir da transferência de dados do telefone para torres de telecomunicações.
Carlos Alberto Santos Cruz. O general Carlos Alberto Santos Cruz é militar da reserva do Exército Brasileiro e foi ministro-chefe da Secretaria de Governo de Jair Bolsonaro (PL).