Ocupando a presidência temporária do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), durante o mês de outubro, o Brasil convocou uma reunião para esta sexta-feira (13) para debater a guerra entre Israel e o grupo terrorista palestino Hamas. O governo brasileiro será representado pelo ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira.
De acordo com a agenda oficial do chanceler, divulgada pelo Ministério das Relações Exteriores, ele está no Camboja, na Ásia, onde cumpre compromissos oficiais. Pela previsão inicial, ele ainda iria às Filipinas, mas cancelou parte da agenda para se deslocar a Nova York, onde ocorre o encontro da ONU.
Esta será a segunda reunião do Conselho de Segurança da ONU em menos de uma semana, após ter sido deflagrado no último sábado (7) o conflito entre Hamas e Israel, com uma série de ataques por terra, ar e mar perpetradas pelo grupo extremista palestino.
A última comunicação oficial do Itamaraty sobre o conflito no Oriente Médio foi divulgada nesta quarta-feira (11), quando o ministério lamentou a morte de 11 funcionários da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Oriente Próximo (UNRWA), na Faixa de Gaza.
No entanto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vem sendo cobrado a adotar posições mais enfáticas, principalmente, contra o grupo Hamas. O governo brasileiro nunca considerou o grupo como “organização terrorista”, já que segue uma posição de só adotar a classificação com base no reconhecimento da ONU.
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Nesta quarta-feira (11), o embaixador Carlos Sérgio Sobral Duarte, que ocupa o posto de secretário da África e do Oriente Médio, afirmou que é possível que o Conselho de Segurança da ONU discuta essa classificação.
“Os desdobramentos políticos de um conflito, como o conflito em Israel-Palestina, é algo que está sendo tratado no Conselho de Segurança e, no momento, no mês de outubro, presidido pelo Brasil, essas questões serão objeto de consideração no âmbito do Conselho de Segurança”, disse o embaixador, em coletiva realizada no Palácio do Itamaraty.
Ainda de acordo com Sobral, coube ao embaixador Sérgio França Danese, representante permanente do governo brasileiro junto à ONU, a realização de consultas aos membros do Conselho de Segurança para “obter consensos” sobre o conflito.
(com informações de agências)
