No momento em que o governo federal e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) são criticados por não citar o Hamas nos comunicados oficiais sobre os ataques a Israel, o ex-ministro das Relações Exteriores Aloysio Nunes Ferreira (PSDB) diz à CNN que o Brasil segue a posição da ONU, que não classifica a organização como terrorista, e por isso não há motivo para mudar neste momento.
“A posição do Brasil hoje em relação ao Hamas segue a ONU. Não tem porque alterar, ainda mais agora (que está na presidência rotativa)”, disse o ex-chanceler.
Aloysio Nunes ressaltou, porém, que o Hamas é uma organização “fanática e extremista” e lamentou que a Autoridade Nacional Palestina tenha perdido força como interlocutora na região.
“Não há hoje uma figura como o Yasser Arafat. Faz 15 anos que não há eleição [para a Autoridade Nacional Palestiniana], que está enfraquecida”, prosseguiu o ex-ministro.
Nunes lembrou também que o Brasil apoia a criação do Estado Palestino e a existências dos dois estados desde 1947, com o chanceler Oswaldo Aranha.
“O [ex-presidente] Bolsonaro tentou levar a embaixada de Tel Aviv para Jerusalém, mas recuou. E, “para compensar”, criou um escritório da Apex em Jerusalém”, lembrou.
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