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Gabriel rebate PBH sobre urnas eletrônicas em eleição para Conselho Tutelar

Presidente da Câmara Municipal se disse ‘estarrecido’ com alegação usada pela prefeitura de BH

Presidente da Câmara, vereador Gabriel Azevedo, se disse estarrecido com declaração da PBH

O presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte, vereador Gabriel Azevedo (sem partido) se disse “estarrecido” com a declaração da Prefeitura de BH sobre a impossibilidade de usar urnas eletrônicas para a eleição dos conselheiros tutelares da capital mineira.

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Segundo a secretária de Assistência Social, Rosilene Rocha, o uso de urnas eletrônicas não seria permitido pela legislação municipal.

“Em BH, especialmente, por conta da lei municipal. O prefeito fez menção a mandar hoje ou amanhã um projeto de lei para a Câmara de BH alterando a lei municipal. Basicamente, as urnas elas trabalham off-line e a eleição em BH é online. Você precisa carregar os votantes na urna eletrônica a partir de um cadastro de identificação de CPF e aqui em BH a eleição é regionalizada por força da lei”, afirmou a secretária.

Gabriel divulgou uma nota após a declaração da PBH e afirmou que é preciso investigar as falhas do sistema adotado para a escolha dos novos conselheiros.

“O presidente está estarrecido com a declaração da Prefeitura de Belo Horizonte de que a legislação municipal é incompatível com urnas eletrônicas que funcionem. A Lei Municipal 8502 de 2003, que disciplina o processo eleitoral do conselho tutelar, diz que o processo deve ser informatizado. As urnas oferecidas pelo TRE cumprem os requisitos legais e a legislação municipal não veda a utilização das mesmas. É preciso investigar os motivos reais e quanto foi gasto no desenvolvimento de tal sistema tão falho quando o município poderia ter usado, gratuitamente, os equipamentos da Justiça Eleitoral”, disse o presidente da Câmara.

No domingo (1º), a eleição para os novos conselheiros tutelares foi marcada por longas filas e atrasos. A tecnologia adotada pela Empresa de Informática e Informação do Município de Belo Horizonte (Prodabel) para coletar os votos sofreu com instabilidades — a ponto de, no início da tarde, a prefeitura da capital adotar modelo amparado por cédulas de papel.

Editor de Política. Formado em Comunicação Social pela PUC Minas e em História pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Já escreveu para os jornais Estado de Minas, O Tempo e Folha de S. Paulo.