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Gabriel Azevedo propõe reunião com Defensoria e apoia anulação da eleição para Conselho Tutelar

O presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte acredita ainda que os problemas devem ser debatidos em CPI na casa

No final da manhã desse domingo

O presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte, vereador Gabriel Azevedo (sem partido), vai propor reunião com a Defensoria Pública do Estado, nesta segunda-feira (2), para tratar da possível anulação da eleição para Conselheiro Tutelar em Belo Horizonte. No final da manhã deste domingo (1), depois de problemas no sistema eletrônico da Prodabel, empresa de tecnologia da prefeitura, a PBH teve que adotar a votação por cédulas de papel. “Vou propor uma reunião com a Defensoria Pública de Minas Gerais para que somemos esforços para anular essa eleição. Eu vi de perto um completo absurdo por parte da prefeitura que foi incompetente ao tratar um pleito tão sério dessa forma. Há meses venho dizendo que não havia razões que justificassem o fato de sermos o único município a não seguir as recomendações do Ministério Público deixando de utilizar as urnas eletrônicas da Justiça Eleitoral”, afirmou Azevedo.

Ainda segundo parlamentar, a PBH ignorou os pedidos feitos por ele. “A Prefeitura não respondeu meus ofícios e seguiu dando de ombros. Agora, veio o resultado. Isso é o que acontece quando a Prefeitura insiste em ignorar a Câmara Municipal e não consegue entender que é papel dos vereadores criticar e fiscalizar o Poder Executivo. Essa eleição, como bem recomenda a Defensoria Pública de Minas Gerais, deveria ser anulada de imediato”, defende.

Azevedo acredita que o assunto possa ser debatido em CPI na Câmara. “Ainda, creio que Comissão Parlamentar de Inquérito da Assistência Social deveria, caso seja desejo dos vereadores, respeitado o Regimento Interno, ampliar seu escopo, tal como fez a CPI dos ônibus sem qualidade, para investigar a soma de problemas que gerou essa catástrofe eleitoral. Que a Prodabel é um órgão sucateado e sem condições mínimas de oferecer inteligência e tecnologia a Belo Horizonte já se sabe, mas há um Chefe do Poder Executivo que continua sendo o responsável final pela tomada de decisões na cidade. Esse foi um erro que poderia ser evitado, caso a Prefeitura não quisesse receber apenas os vereadores que evitam críticas a essa gestão. Esse é o preço da incompetência e da lentidão: uma eleição caótica”, concluiu.

Edilene Lopes é jornalista, repórter e colunista de política da Itatiaia e podcaster no “Abrindo o Jogo”. Mestre em ciência política pela UFMG e diplomada em jornalismo digital pelo Centro Tecnológico de Monterrey (México). Na Itatiaia desde 2006, já foi apresentadora e registra no currículo grandes coberturas nacionais, internacionais e exclusivas com autoridades, incluindo vários presidentes da República. Premiada, em 2016 foi eleita, pelo Troféu Mulher Imprensa, a melhor repórter de rádio do Brasil.