O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes concedeu, nesta terça-feira (19), liberdade provisória a quatro aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) presos há quatro meses por participação nas fraudes dos cartões de vacinação investigadas pela Polícia Federal (PF).
Além do quarteto, a apuração também identificou a atuação do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, no crime praticado. Na decisão publicada à arde, Moraes indicou que não há justificativa para mantê-los presos e optou por substituir a prisão por uma lista de medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica e o cancelamento dos passaportes dos quatro impedindo-os de deixar o Brasil.
A concessão da liberdade provisória pelo Supremo Tribunal Federal contempla os seguintes aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro:
Sargento do Exército Luís Marcos dos Reis, que integrou a Ajudância de Ordens da presidência da República, subordinado às determinações de Mauro Cid. Investigação da Polícia Federal indica que ele teria inserido os dados falsos da vacina contra a Covid-19 no sistema do Ministério da Saúde para validar os cartões de vacinação falsos produzidos pelo grupo;
Major do Exército Ailton Gonçalves Moraes Barros, que guarda histórico polêmico nas Forças Armadas acumulando uma série de punições disciplinares e se identificava como o ’01 de Bolsonaro’. Foi candidato estadual pelo PL do Rio de Janeiro;
Capitão da reserva do Exército Sérgio Cordeiro atuou como segurança do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e é indicado como um dos assessores do político durante os quatro anos de mandato. A investigação da Polícia Federal indica que ele emitiu um certificado de vacinação com informações falsas às vésperas do embarque com o ex-presidente para os Estados Unidos em dezembro passado;
João Carlos de Sousa Brecha era secretário da prefeitura de Duque de Caxias à época da prisão, e atuou no passado como chefe de gabinete na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).