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Câmara vota cassação de vereador por fala racista em SP

Parecer da Corregedoria pede a perda do mandato de Camilo Cristófaro (Avante)

Os vereadores de São Paulo decidem na tarde desta terça-feira (19) sobre o pedido de cassação de Camilo Cristófaro (Avante), que foi denunciado por quebra de decoro parlamentar por uma fala racista em Plenário. A sessão está marcada para as 15h, mas a defesa do vereador tenta barrar a votação na Justiça.

O caso aconteceu em maio de 2022, durante uma reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Aplicativos. Na ocasião, o vereador participava dos trabalhos remotamente e teve o áudio vazado. Ele proferiu a frase: “Eles arrumaram e não lavaram a calçada. É coisa de preto, né?”.

A data da votação para a cassação do vereador foi marcada com um mês de antecedência. Conforme o Legislativo, tem sido respeitado o direito à ampla defesa e ao contraditório.

A decisão da Corregedoria-Geral, que pediu a cassação do vereador, será votada de forma nominal por cada um dos 55 parlamentares, seguindo a ordem alfabética. Os vereadores vão votar o relatório final da Corregedoria, ou seja, se aprovam ou não o documento que pede a cassação do mandato.

Desde que o caso aconteceu, Cristófaro já deu algumas versões. A primeira era a de que estava se referindo a um carro preto, difícil de lavar e cuidar. Depois, falou que estava conversando com um amigo negro, com quem tem intimidade. Recentemente, ele afirmou que a frase foi tirada de contexto.

A última cassação de mandato de vereador na Câmara de São Paulo aconteceu há 24 anos.

Jornalista há 15 anos, com experiência em impresso, online, rádio, TV e assessoria de comunicação. É repórter da Itatiaia em São Paulo.
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