Os membros do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar decidiram na reunião desta terça-feira (12), por 12 votos a um, arquivar a representação do Partido dos Trabalhadores (PT) contra o deputado
Na ocasião, uma sessão da Comissão de Trabalho, Eduardo atacou os partidos ligados à esquerda e relembrou a facada sofrida pelo pai Jair Bolsonaro (PL) durante as eleições que o elegeram à presidência da República. Marcon, segundo colegas, rebateu alegando que o ataque ocorrido em Juiz de Fora constituía uma farsa. Em seguida, Eduardo Bolsonaro se exaltou e destratou o colega parlamentar, proferindo ataques homofóbicos e ameaçando agredi-lo. “Te enfio a mão na cara! Perco o mandato, mas com dignidade, coisa que vocês não têm”, disparou.
O relator da representação, Josenildo Abrantes (PDT-AP), indicou parecer pelo arquivamento da denúncia e argumentou que Eduardo agiu sob ‘forte emoção’. Na sessão, o próprio PT, através da deputada Jack Rocha (PT-ES), orientou pelo encerramento do processo.
“Estamos em busca do equilíbrio e da Justiça para os parlamentares que estão nessa Comissão de Ética. Peço que, quando chegar os próximos processos, a gente não permita que a violência política de gênero permeie essa comissão e defendamos o arquivamento dos outros processos”, disse.
A petista se referia às ações movidas no Conselho de Ética pelo Partido Liberal (PL) pelas cassações das parlamentares Célia Xakriabá (Psol-MG), Sâmia Bomfim (Psol-SP), Talíria Petrone (Psol-RJ), Érika Kokay (PT-DF) e Fernanda Melchionna (Psol-RS).
O partido do ex-presidente Jair Bolsonaro alega que as cinco deputados quebraram o decoro parlamentar durante a aprovação do Projeto de Lei (PL) do marco temporal para territórios indígenas em 24 de maio. Na ocasião, o grupo protestou contra os colegas que se colocaram favoráveis à proposta: “Assassinos! Assassinos do povo indígena!”, “Vocês são assassinos!”. A bancada feminina sustenta que as ações contra as cinco deputadas constituem violência política de gênero.