Políticos favoráveis ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e oposicionistas repercutiram nesta quarta-feira (6) a decisão do ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), que
Esses elementos serviram de base para diversas acusações e processos. O magistrado declarou que essas provas são imprestáveis e não podem ser usadas em processos criminais, eleitorais e em casos de improbidade administrativa.
Toffoli considera que o contexto dessas ações possibilita concluir que a prisão de Lula, em 2018, foi, além de “
A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, considerou a decisão de Toffoli como “exemplar”. “Confirma o que sempre dissemos sobre a farsa da Lava Jato.”
“Cedo ou tarde a verdade sempre vence. Os que mentiram, falsificaram provas, arrancaram depoimentos à força terão, agora, de responder por seus crimes. A história segue restabelecendo a Justiça sobre a maior armação judicial e midiática que já se fez contra um grande líder”, prosseguiu.
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“Os brasileiros viram, apoiaram e conhecem a verdade. Respeitamos as instituições e toda a nossa ação foi legal. Lutaremos, no Senado, pelo direito à verdade, pela integridade e pela democracia. Sempre!”, finalizou Moro.
Veja outras reações:
Jaques Wagner (PT-BA), líder do governo no Senado
“A esperança caminha junto com a verdade! Hoje o ministro Dias Toffoli confirmou o que o povo brasileiro sempre acreditou: a operação Lava Jato foi uma farsa para condenar injustamente o presidente Lula.”
Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), líder do governo no Congresso
“A decisão de hoje do ministro Dias Toffoli confirma o que já denunciávamos. A operação Lava Jato foi a antessala do fascismo no Brasil, a caixa de pandora de onde saíram todos os demônios que assombraram a Democracia, o Estado de Direito e as conquistas da Constituição de 1988. Corrupção não é somente apropriação do dinheiro público, é também quando o interesse geral é submetido ao interesse particular. É a mais grave das corrupções quando juízes e procuradores abandonam o exercício da jurisdição para ascenderem a cargos políticos, a partir do uso totalitário de seus poderes. Em uma palavra, em nome de combater a corrupção, a operação lava-jato foi a mais grave das corrupções da história do país. Que não se esqueça para que nunca mais aconteça!”
José Guimarães (PT-CE), líder do governo na Câmara
“Acertada a decisão do ministro Dias Toffoli, do STF, que anulou todas as provas obtidas pela Lava Jato em acordo de leniência com a Odebrecht, que foi embasado para prender Lula. O Brasil voltou, a justiça está sendo feita.”
Flávio Dino, ministro da Justiça
“A decisão do ministro Toffoli tem dois alcances: um de natureza jurídica, reafirmando a inocência do presidente Lula, indevidamente julgado sem o devido processo legal; o outro é de natureza política, na medida em que fica o registro dos absurdos perpetrados em uma página trevosa da nossa História. Quando o Ministério da Justiça receber oficialmente a decisão, enviarei à Polícia Federal para cumprimento da determinação de apuração de responsabilidade criminal de agentes públicos.”
Rogério Marinho (PL-RN), líder da oposição no Senado
“Revisionismo histórico: o Brasil de hoje reescreve a sua história e deseduca as futuras gerações. Viramos a Pátria das narrativas e da democracia relativa. Precisamos resistir.”
Carlos Jordy (PL-RJ), líder da oposição na Câmara
“A anulação das provas da Odebrecht é uma decisão teratológica fundamentada numa questão meramente formal. A medida afetará diversos processos de corrupção de vários agentes políticos, inclusive a própria Petrobras deverá devolver os 6 bilhões ressarcidos. O Brasil mergulha na insegurança jurídica e se consolida como país da impunidade.”
Deltan Dallagnol (Podemos-PR), ex-deputado e ex-procurador da Lava Jato
“O maior erro da história do país não foi a condenação do Lula, mas a leniência do STF com a corrupção de Lula e de mais de 400 políticos delatados pela Odebrecht. A anulação da condenação e do acordo fazem a corrupção compensar no Brasil. E se tudo foi inventado, de onde veio o dinheiro devolvido aos cofres públicos? E com a anulação do acordo, os 3 bilhões devolvidos ao povo serão agora entregues novamente aos corruptos? Os ladrões comemoram enquanto quem fez a lei valer é perseguido.”
Carlos Portinho (PL-RJ), senador
“Vivemos um revisionismo. Como se tudo que vivenciamos fosse fruto de um delírio coletivo! Mas não se apaga a memória da maior plataforma de corrupção da historia. Do jeito que vai nosso Judiciário, em breve seremos devedores de quem nos roubou e nós vimos e sabemos disso. Vergonha suprema!”