O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que o povo brasileiro está mais exigente do que nas suas últimas gestões, e enfatizou que a população voltou a entender o significado da democracia, após os atos antidemocráticos do dia 8 de Janeiro.
O discurso foi feito na cerimônia de assinatura do Projeto de Lei do Plano Plurianual 2024-2027, que ocorreu no Palácio do Planalto, nesta terça-feira (30), e contou com as presenças de diversos ministros, incluindo Simone Tebet (MDB), que é chefe da pasta do Planejamento e Orçamento, além de Márcio Macedo (PT), ministro da Secretaria-Geral da Presidência.
“O mais importante é que o nosso povo descobriu que somente através do processo democrático é possível construir uma sociedade justa, em que nós não recusamos a polícia, mas não queremos a polícia matando criança de 5 anos com bala perdida”, afirmou Lula.
O presidente também criticou o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre o decreto que flexibilizou o porte e a compra de armas e munições no país.
“Muita gente boa da sociedade achava que comprar armas era uma coisa muito importante. Possivelmente, seja importante para quem não tem boas intenções. Porque quem ficou muito armado neste país foi o crime organizado. O crime organizado comprou armas e munições, e está, em muitos estados, mais preparado do que as polícias”, disparou Lula.
Sem anúncio de reforma
A tão aguardada Reforma Ministerial, ainda não foi anunciada por Lula. O presidente reuniu, antes da cerimônia, com os ministros da Casa Civil, Rui Costa, do Desenvolvimento e Assistência Social, Wellington Dias, além do chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha. No entanto, o martelo ainda foi batido por Lula sobre as mudanças que serão feitas no comando dos ministérios.
