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Justiça Militar condena ex-soldado da Aeronáutica que matou colega dentro do Ministério da Defesa

Crime aconteceu em novembro do ano passado em um prédio do Ministério da Defesa, quando os militares estavam em serviço

Justiça Militar condenou ex-soldado que atirou na cabeça de colega

A Justiça Militar condenou o ex-soldado da Aeronáutica Felipe de Carvalho Sales a seis anos de prisão por matar um colega dentro do Ministério da Defesa.

Os dois militares estavam em serviço como sentinelas na véspera do crime, em 19 de novembro de 2022, quanto Felipe atirou e matou Kauan da Cunha Duarte, de 19 anos.

Kauan foi morto com um tiro na cabeça. Em depoimento, Felipe confirmou que atirou no colega, mas que teria sido um acidente. Segundo o ex-soldado, ele achou que a arma não estivesse carregada. Felipe disse ainda que tudo era para ser uma “brincadeira” e que teria sido uma “irresponsabilidade”.

Vídeos encontrados no celular de Felipe mostram que não foi a primeira vez que o ex-soldado teve esse comportamento de utilizar a arma para supostas brincadeiras contra colegas.

A denúncia do Ministério Público Militar (MPM), diz que agiu “levianamente” com o armamento, deixando de observar as prescrições relativas ao serviço armado.

Decisão unânime

O julgamento foi nesta terça-feira (22) em Brasília. promotora responsável pelo caso, Caroline Piloni, rejeitou a tese da defesa de homicídio culposo – operado por negligência, imprudência ou imperícia – e sustentou a tese de homicídio simples com ocorrência de dolo eventual – quando o autor do crime assume o risco de matar.

O Conselho Permanente de Justiça, formado pelo juiz federal da Justiça Militar da União Frederico Magno Veras e outros quatro juízes militares (oficiais da Aeronáutica) decidiram, por unanimidade, seguir a denúncia do MPM e condenar o acusado. Felipe de Carvalho vai cumprir pena em regime semi-aberto.

Repórter da Itatiaia em Brasília