Os vereadores da CPI dos Ônibus sem Qualidade, da Câmara Municipal de BH, visitaram nesta quarta-feira (9) a garagem da empresa Tansoeste, na região do Barreiro, e constataram vários problemas nos veículos que atuam no transporte coletivo da capital mineira.
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“Posso falar com toda precisão, essa é a empresa com maior número de reclamações na nossa cidade. Estamos aqui na garagem da Transoeste e percebemos que 90% da frota são ônibus velhos, com 10 ou 12 anos de circulação. Agora entendemos o porquê de tantos ônibus parados pela cidade”, afirmou o vereador Wesley Moreira (PP).
Relatora da CPI dos Ônibus sem Qualidade, a vereadora Loíde Gonçalves (Podemos) afirmou que a intenção da comissão é fiscalizar todas as empresas que atuam no serviço de transporte público de BH.
“Viemos na Transoeste primeiro porque é uma das campeãs em reclamações. Então essa é a primeira visita que fazemos para entender os motivos de tantas reclamações”, afirmou a relatora da CPI.
Proprietário da empresa Transoeste, Fabiano Borges, admitiu dificuldades financeiras nos últimos anos, mas afirmou que a nova forma de remuneração para transporte coletivo da capital vai solucionar os problemas.
Em julho, a Câmara de BH aprovou e o prefeito Fuad Noman (PSD) sancionou o
“A solução está começando a ser dada diante desse novo modelo de remuneração das empresas. As empresas já vinham sofrendo um estrangulamento financeiro desde 2018 com a não atualização das tarifas. Depois tivemos a pandemia, que veio agravar mais a situação, e depois a guerra na Ucrânia que levou o diesel para R$ 6, inviabilizando o sistema de Belo Horizonte. Agora, com a gestão do novo prefeito e com a Câmara dos vereadores, alteraram a forma de remuneração das empresas, o que vai permitir renovar a frota e melhorar o serviço”, explicou Borges.
Segundo ele, a Transoeste já comprou 45 novos veículos, que serão entregues de forma escalonada até o final do ano.
“Logo após a previsibilidade da nova receita, já foram adquiridos 45 novos ônibus, todos zero quilômetro, com previsão de entrega de 12 em outubro, 20 em novembro e o restante em dezembro. Esse escalonamento é porque a montadora não tem chassi para entregar, então acredito que até o final do ano, não só a Transoeste, mas o sistema coletivo de BH vai colocar na rua cerca de 400 novos ônibus”, explicou o proprietário da Transoeste.