Na semana seguinte da divulgação da primeira deflação do ano, o mercado financeiro manteve suas projeções para a inflação neste e nos próximos anos.
A mediana das expectativas dos economistas ouvidos pelo Banco Central indica que o Índice de Preços ao Consumidor (IPCA) será de 4,95%% em 2023, mesmo número da semana passada. As informações são do Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (17) pelo BC.
Para 2024, a projeção para a inflação foi mantida 3,92% e em 3,5% para 2026. Apenas a estimativa para 2025 teve leve queda, de 3,60% para 3,55%.
Na terça-feira (11) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que o IPCA— índice oficial da inflação do país — registrou deflação de 0,08% em junho. Foi o primeiro IPCA negativo em 2023 e desde a medição de setembro de 2022, quando o índice marcou -0,29%
A deflação do mês passado é a menor variação para meses de junho desde 2017, quando o índice foi de -0,23%. A deflação de junho, porém, continua longe dos -0,68% de julho de 2022, a menor taxa desde 1980.
Para os juros, manutenção das estimativas pela segunda semana seguida, para este e os próximos anos.
Para 2023, a projeção ficou em 12%. Para 2024, 2025 e 2026 as estimativas são de 9,5%, 9% e 8,75% ao ano, respectivamente.
Para o crescimento econômico, um leve otimismo nas projeções, revisadas para cima nesta semana. A mediana das projeções para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB)
passaram de 2,19% para 2,24% em 2023; de 1,28% para 1,30% em 2024; de 1,80% para 1,88% em 2025; e de 1,88% para 1,90% em 2026.
No câmbio, apesar da queda acumulada nos últimos meses, os economistas ouvidos para o Focus mantiveram em R$ 5 a estimativa para o dólar ao fim de 2023.
Para 2024, houve redução de R$ 5,06 para R$ 5,05. Para 2025 e 2026 houve manutenções, em R$ 5,15 e R$ 5,20.