O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD-MG), disse nesta quarta-feira (12) que a repactuação do acordo de Mariana foi tratado de forma “irresponsável” e “a toque de caixa” em 2022. Após a eleição de Lula (PT), os governos de Jair Bolsonaro (PL), Romeu Zema (Novo) e Renato Casagrande (PSB), do Espírito Santo, tentaram concluir o acordo ainda no ano passado diante da mudança no comando do governo federal, mas não obtiveram sucesso.
O ministro afirmou que a diretriz do governo Lula é debater com a sociedade e os movimentos sociais para garantir que o recurso pago pelas mineradoras será utilizado em ações que, de fato, reparem os danos causados pelo rompimento da barragem em 2015.
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No mês passado, o Ministério do Meio Ambiente criou um grupo de trabalho com duração de seis meses, ou seja, até o fim do ano, para debater o tema. O prazo levou
“O presidente Lula está muito determinado para que esse acordo aconteça, mas ele tem que acontecer com um debate justo com os movimentos sociais, com clareza para a sociedade de como serão aplicados esses recursos”, disse Silveira em entrevista coletiva antes do evento “Brasil Participativo” ao lado da ministra do Planejamento, Simone Tebet (MDB), e do ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Márcio Macêdo (PT).
“Os recursos não podem ser discricionários. Ninguém pode resolver como vai aplicar o recurso de forma individual. Não é um dinheiro do governo, é dinheiro para reparação de danos graves, ambientais e sociais, e até de recursos para indenização das famílias que perderam seus entes queridos e seu patrimônio. Nós precisamos reparar esses danos”, afirmou Silveira.