Os deputados Nikolas Ferreira (PL) e Rogério Correia (PT) repercutiram o
Bolsonaro será ouvido no inquérito que investiga uma suposta tentativa de golpe contra o Estado Democrático de Direito denunciada pelo senador Marcos do Val (Podemos).
Em fevereiro, o senador disse que foi coagido por Bolsonaro e pelo ex-deputado Daniel Silveira, a participar de um golpe.
O plano, de acordo com a denúncia feita por Marcos do Val, era gravar uma conversa com o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, para que ele admitisse que estaria extrapolando os limites constitucionais.
Dias depois, o senador mudou a versão, minimizando a suposta participação de Bolsonaro, alegando que se enganou ao dizer que teria sido coagido pelo ex-presidente. O advogado de Bolsonaro, Paulo da Cunha Bueno, afirmou que o ex-presidente vai prestar todos os esclarecimentos à Polícia Federal e negou a participação de Bolsonaro em nenhum tipo de conspiração.
Na avaliação do deputado Nikolas Ferreira, o episódio é mais uma narrativa contra o ex-presidente Bolsonaro.
“O presidente Bolsonaro é livre, não tem mais que consigam emplacar ele em alguma denúncia. Até mesmo porque ele já foi chamado de tudo, já foi chamado de canibal, de genocida, de pedófilo durante a campanha. Tudo isso por conta de um desespero para tentar minar a popularidade dele. É só mais uma tentativa, que também será frustrada”, afirmou Nikolas.
Já o vice-líder do governo na Câmara dos Deputados, Rogério Correia, do PT de Minas Gerais, acredita que a denúncia de Marcos do Val pode incriminar Bolsonaro.
“O telefone do Marcos do Val eu só imagino o que tem lá, os diálogos que ele deve ter tido com o próprio Bolsonaro em relação a essas ideias golpistas. Até mesmo grampear o ministro Alexandre de Moraes, do STF. Tem muito crime envolvido”, afirmou Correia.
Esta será a quarta vez em que Bolsonaro será ouvido pela Polícia Federal. O ex-presidente já compareceu à sede da Polícia Federal, em Brasília, para dar esclarecimentos sobre os atos antidemocráticos do dia 8 de janeiro, a respeito do recebimento de joias da família real da Arábia Saudita, além do suposto esquema de fraudes nos registros de vacinação contra a Covid-19.