A reportagem da Itatiaia foi às estações do metrô de BH neste sábado (24) para ouvir a opinião dos usuários sobre o reajuste da tarifa que acontecerá no próximo sábado (1º).
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O valor da passagem passará dos atuais R$ 4,50 para R$ 5,30 - um aumento de 17,78% - a partir do dia 1º de julho. O aumento foi autorizado pela Secretaria de Infraestrutura e Mobilidade, que informou que o reajuste está previsto no contrato de concessão.
Na estação Calafate, o aposentado Thales Nebeas, afirmou que o reajuste incomoda, mas avaliou que espera ver melhorias nas estações e nos veículos para justificar o preço mais alto.
“Aumento incomoda. Vamos ver se as melhorias para o usuário vão fazer jus a esse aumento de R$0,80. Quero crer que essas promessas de melhoria vão acontecer”, afirmou Thales.
Já a vendedora Fernanda Vieira, que embarcou em Contagem, considerou junto um reajuste, mas ressaltou que o valor mais alto só se justificará com a prestação de um serviço de mais qualidade.
“Acho que não pode aumentar muito, mas é justo porque tem muito tempo que a passagem está a R$ 4,50. Esperamos que as melhorias aconteçam, porque está saindo do nosso bolso esse gasto”, disse Fernanda.
Críticas e cobranças
Para a professora Renata Oliveira, que usa o metrô todos os dias, a privatização ainda não mostrou benefícios para os usuários. “Essa privatização não funcionou. Acredito que a qualidade do serviço precisa melhorar muito. Os trens estão muito devagar e param entre as estações. Se comparar com o metrô de São Paulo e do Rio de Janeiro, vemos grandes diferenças”, afirmou.
A aposentada Graça Leal, que embarcou na estação Calafate, lembrou que o transporte público já ficou mais caro com o aumento das passagens dos ônibus. “Os ônibus já não dão condições das pessoas sobreviverem, agora o metrô também? Eles deveriam manter um preço mais justo para o trabalhador”, disse.