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Ministro de Lula vai ao Aeroporto da Pampulha e diz que plano é utilizá-lo para voos regionais

Márcio França, de Portos e Aeroportos, pediu antecipação de cronograma traçado pela concessionária que administra o terminal

Governo federal quer voos no Aeroporto da Pampulha

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) trata, como demanda urgente, o retorno dos voos regionais ao Aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte. A ideia do Ministério de Portos e Aeroportos é utilizar o terminal como espaço para decolagens e aterrissagens de aeronaves que cobrem destinos no interior de Minas Gerais.

Nesta quinta-feira (22), o chefe da pasta, Márcio França (PSB-SP), esteve na Pampulha para conversar com representantes da CCR, concessionária que, desde o ano passado, administra o local. A empresa venceu leilão com lance de R$ 34 milhões.

Atualmente, o aeroporto recebe, quase em caráter exclusivo, voos particulares. Quando assumiu a gestão do espaço, a concessionária se comprometeu a revitalizar o espaço em quatro anos.

“Eles (a CCR) tinham traçado um cronograma para quatro anos. A gente disse que o presidente Lula quer antecipar isso, pois quatro anos são muito tempo para que a Pampulha volte a ter voos regionais”, disse França, em entrevista coletiva no terminal.

Na semana que vem, representantes da empresa e do governo federal vão se reunir para tratar do tema.

“A empresa topou fazer essa antecipação e liberar o Aeroporto da Pampulha. Naturalmente, eles terão de fazer algumas adaptações (no plano de trabalho)”, emendou.

Na avaliação da equipe do setor de Portos e Aeroportos, há descompasso entre os planos do governo e o ritmo de funcionamento na Pampulha. O objetivo dos voos regionais, segundo Márcio França, é facilitar a logística das pessoas que moram mais perto do local e, muitas vezes, precisam se deslocar a Confins, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

“Queremos que os voos regionais voltem à Pampulha com força”, reforçou.

Senador engrossa coro

Em Minas Gerais, quatro aeroportos estão em processo de transferência para o governo federal, por meio da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero). No país, 100 terminais têm tratativas do tipo. O investimento é de R$ 500 milhões, com recursos do Fundo Nacional da Aviação Civil.

Integrante da comitiva de Márcio França na Pampulha, o senador Carlos Viana (Podemos-MG) disse querer o Aeroporto da Pampulha como “centro” de atendimento dos passageiros que precisam voar ao interior de Minas.

“A minha visão é evitar litígios, mas se o aeroporto não voltar a atender, como previsto, voos regionais, vamos pedir, ao Tribunal de Contas da União, a devolução do Aeroporto da Pampulha”, falou.

França esteve, ainda, nos aeroportos de Governador Valadares (Vale do Rio Doce) e Conselheiro Lafaiete (Região Central de Minas).

Jornalista graduado pela PUC Minas; atua como apresentador, repórter e produtor na Rádio Itatiaia em Belo Horizonte desde 2019; repórter setorista da Câmara Municipal de Belo Horizonte.
Graduado em Jornalismo, é repórter de Política na Itatiaia. Antes, foi repórter especial do Estado de Minas e participante do podcast de Política do Portal Uai. Tem passagem, também, pelo Superesportes.