Reivindicação antiga dos servidores da educação estadual de Minas Gerais, as alterações no planos de carreira das categorias do setor podem sofrer alterações. A Secretaria de Estado de Educação tem conduzido estudos internos a respeito do tema. Profissionais cobram, por exemplo, menos tempo de espera para conseguir progressões salariais.
A existência de debates a respeito dos planos de carreira foi revelada nesta quarta-feira (21) por Igor de Alvarenga, secretário de Educação do governo de Romeu Zema (Novo). Ele esteve na sede da Assembleia Legislativa, em Belo Horizonte, para prestar contas a respeito das ações tomadas pela pasta no primeiro semestre deste ano.
Do outro lado, servidores e deputados estaduais ligados ao ensino público pedem agilidade do governo na apresentação de um novo sistema de planos de carreira.
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“Ainda é um estudo interno. É algo histórico. Precisamos fazer mudanças pontuais – às vezes, até grandes. Mas, por enquanto, é um estudo interno”, afirmou.
Presidente da Comissão de Educação, Ciência e Tecnologia da Assembleia, a deputada Beatriz Cerqueira (PT) listou lacunas que, na visão dela, precisam ser preenchidas.
“A gente demora 20 anos para receber por um mestrado. É a pior carreira do estado. Vai da letra ‘A’ à letra ‘P’ para ninguém andar nessa carreira. A Polícia Civil, por exemplo, demora em média oito anos para fazer suas carreiras”, protestou.
“Essa fala de estudos internos é de primeiro ano de governo. Já estamos no quinto ano do governo Zema. Espero um pouquinho mais de celeridade em estudos, que deveria ter sido apresentado no primeiro governo”, emendou a parlamentar.
Alvarenga, por sua vez, disse que a atual gestão da pasta de Educação tem estado “mais próxima” dos profissionais da rede de ensino.
Novos servidores
Ainda segundo o chefe da secretaria de Educação, o setor deve ganhar novos profissionais em breve, por meio do chamamento de excedentes do último concurso.
Um novo certame, aliás, também deve ocorrer.
“Estamos com concurso aberto, já vigente, com edital. Pretendemos, no próximo ano, iniciar as nomeações”, projetou.
Reajuste em pauta
Tramita, no Parlamento Mineiro, projeto de lei (PL) que garante reajuste de 12,84% aos profissionais da educação.
Nos bastidores da Casa, a expectativa é que o texto siga para a sanção de Zema antes do recesso parlamentar de meio de ano. A proposta vai proporcionar o pagamento proporcional do piso salarial dos docentes.
“O piso é lei. Desde o primeiro momento, sinalizamos à Seplag e ao governo do estado que seria cumprido”, garantiu Igor de Alvarenga.