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Vereadores discutem mudança em nome de cidade mineira; entenda

Movimento de lideranças religiosas e comerciantes quer alterar nome de Cássia para Cássia de Santa Rita por razões históricas

Cássia, no Sul de Minas, tem população de 17 mil pessoas

Vereadores de Cássia, cidade de cerca de 17 mil habitantes localizada no Sul de Minas, discutem um projeto que pode resultar na mudança do nome da cidade. Conforme indicação apresentada à Câmara Municipal - e que tem apoio de lideranças religiosas e comerciantes da cidade - caso a população concorde, o município poderá passar a se chamar Cássia de Santa Rita.

A indicação foi apresentada pelo presidente da Câmara, Henrique Fernandes Alonso Neto (PP), mas ainda não foi votada pelos demais vereadores.

Segundo o requerimento, há um movimento iniciado na cidade para alteração do topônimo de Cássia - ou seja, o nome da cidade. O município se chamava Santa Rita de Cássia até 1919, quando foi obrigado a escolher outro nome por conta de uma cidade homônima na Bahia que, por ter sido fundada há mais tempo, teria preferência na manutenção da nomenclatura. O município do interior baiano foi fundado em 1840 e tem cerca de 30 mil habitantes. Cássia foi elevada à condição de município em 1892, portanto, mais de meio século mais tarde.

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“O propósito de nosso movimento não tem cunho único de preferência e devoção religiosa”, diz trecho do requerimento lido em sessão do Legislativo municipal no dia 30 de maio.

“A referência ao nome da Santa Padroeira de Cássia possui raízes históricas, culturais, sentimentais, turísticas, econômicas e artísticas. Em todos os relator da história de nossa cidade está presente a denominação de Santa Rita de Cássia, que está gravado no hino de nossa cidade”, lê-se em outro trecho do pedido.

Para que o nome de Cássia passe a ser Cássia de Santa Rita é preciso uma série de procedimentos - e até a realização de um plebiscito popular. O primeiro passo é que a Câmara aprove o requerimento e peça à Assembleia Legislativa de Minas Gerais autorizar a mudança.

Em seguida, a Justiça Eleitoral é chamada para organizar o plebiscito em que a mudança só será aceita se tiver apoio da maioria da população.

Editor de política. Foi repórter no jornal O Tempo e no Portal R7 e atuou no Governo de Minas. Formado em Comunicação Social pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), tem MBA em Jornalismo de Dados pelo IDP.