Brasileiros que reivindicam cidadania italiana podem estar mais perto de realizar o sonho. A Frente Parlamentar Brasil-Itália, lançada nessa terça-feira (6/5), em Brasilia, na embaixada da Itália, pode facilitar a conquista da dupla cidadania que, atualmente, costuma levar anos. Além disso, a cooperação pode facilitar a instalação e expansão de empresas italianas no Brasil e de empresas brasileiras na Itália. O presidente da frente é o deputado federal mineiro, Luiz Fernando Faria (PSD). “Nós temos muitas empresas importantes que são pioneiras aqui no Brasil. Você citou uma (empresa) importante para nós, que somos mineiros, que é a FIAT, que veio da Itália, há mais de 30 anos instalada em Belo Horizonte e hoje faz parte da economia forte do nosso estado. Então, são muitas empresas. Nós temos aí na área de chocolates, na área de armamento, enfim, na área de do automobilismo”, citou o parlamentar. O deputado adiantou que no dia 21 deste mês será realizado um evento da Frente, na embaixada, com empresários que apresentarão uma pauta que deve ser trabalhada pelo grupo de políticos.
Dupla cidadania
O vice-presidente, deputado federal Eros Biondini (PL), avalia que, proporcionalmente, ao comparar o Brasil com um dos países vizinhos, o número reconhecimentos de dupla-nacionalidade de brasileiros precisa aumentar. “Também favorecer para que os descendentes italianos que moram em Minas Gerais, que moram no Brasil, possam ter mais facilidade em conseguir a sua cidadania. Nós sabemos que na Argentina existem menos descendentes italianos do que no Brasil, mas mais cidadãos italianos do que do Brasil. Cidadãos italianos reconhecidos formalmente, porque eles conseguiram organizar melhor esta burocracia”, afirma.
Para o embaixador italiano no Brasil, Francesco Azzarello, a fila para a dupla cidadania italiana para brasileiros pode diminuir por causa da relação entre os parlamentos mas, para resolver o problema, é preciso mudar a lei na Itália. “Necessitamos uma modificação da legislação italiana. Nos necessitamos de mais recursos, mas tem um limite de recurso porque são despesas e, nesse sentido, os parlamentos precisam se falar mais, porque é uma responsabilidade parlamentar. É complicado, mas podemos trabalhar”, conclui o representante do governo italiano.