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Carros populares: Haddad diz que entregará para Lula relatório com impacto de medidas

Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que levará ao presidente Lula alguns cenários sobre a redução no preço dos carros populares e que caberá ao Planalto tomar as decisões

Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que vai levar ao presidente Lula relatório sobre impacto de medidas para baratear preço de carros populares

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), vai entregar, ainda esta semana, um relatório ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com os impactos orçamentários da medida, anunciada pelo governo federal, para reduzir os preços dos carros que custam até 120 mil reais.

A proposta do governo de conceder redução de impostos federais às montadoras para que os chamados “carros populares” tenham redução no preço de venda, ficando em um valor abaixo de R$ 60 mil. Atualmente, o modelo mais barato custa pouco mais R$68 mil.

Na chegada ao Ministério da Fazenda, o ministro Fernando Haddad anunciou que o estudo será entregue antes do prazo de 15 dias estipulado por Lula. “Nós vamos levar (o relatório) ao presidente ainda esta semana. Ele deu 15 dias, mas nós precisamos encerrar esse assunto esta semana. Vamos levar para ele alguns cenários, para que ele possa tomar decisão”, detalhou Haddad.

Anúncio do governo

Na semana passada, Lula se reuniu, no Palácio do Planalto, com representantes do setor automotivo, das centrais sindicais, além de ministros de estado, incluindo Fernando Haddad.

Após o encontro, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, anunciou que o governo vai conceder redução em impostos federais, entre 1,5% e 10,9% para veículos novos de até 120 mil reais com o intuito de reduzir o preço de venda dos chamados carros populares, que podem ter o valor reduzir para menos de 60 mil reais.

O desconto vai depender do cumprimento de três fatores: O valor do veículo, ou seja, quanto mais barato maior será o desconto tributário; A emissão de poluentes, concedendo desconto para veículos com baixa emissão de poluentes, além de valorização da cadeia produtiva, ou seja, quanto maior o percentual de peças e acessórios produzidos no Brasil, maior o desconto.

O governo também estuda a possibilidade de autorizar a venda direta dos carros a pessoas físicas. Atualmente, este tipo de modalidade só é permitida para empresas. Os impactos com a medida e o período que permanecerá em vigor será divulgado pelo Ministério da Fazenda. Depois disso, o presidente Lula irá editar uma Medida Provisória e um decreto para regular o tema.

Repórter da Itatiaia desde 2018. Foi correspondente no Rio de Janeiro por dois anos, e está em Brasília, na cobertura dos Três Poderes, desde setembro de 2020. É formado em Jornalismo pela FACHA (Faculdades Integradas Hélio Alonso), com pós-graduação em Comunicação Eleitoral e Marketing Político.